terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Embrigado, mas não tanto

Amigo 1: Estás bêbado!
Amigo 2: Estou nada! Estás maluco ou quê? Estou óptimo.
Amigo 1: Estou com muita dificuldade em acreditar nisso. Anda para dentro, está um gelo! Estás tão bêbado...
Amigo 2: Oh! O tempo está óptimo! Siga todos curtir! Wooooo! E não estou nada bêbado!
Amigo 1: Ah sim? Onde julgas que estás?...
Amigo 2: Numa festa, na praia, com os representantes políticos do país.
Amigo 1: Estás nu, com umas cuecas do Homem-Aranha na cabeça. Estás no meio da rua, e estão 2 graus negativos. Tens uma lanterna minúscula nas mãos que não paras de enfiar no nariz, enquanto gritas "Olhem para mim, estou a iluminar a aldeia dos macacos".
Amigo 2: Ah sim?! Então como explicas que esteja ali o Sócrates?!
Amigo 1: Aquilo é um jumento.
Amigo 2: Exactamente, foi o que eu disse.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Três coisas a saber sobre as mães

1 - São subtis, ao lembrar que já é tarde:

- Até amanhã, mãe.
- Até amanhã? Até logo!

2 - São muito cuidadosas:

- Oh mãe, onde está a Mega Drive?! Escondeste-a de novo!
- Eu não escondo nada! A Mega Drive está guardada.

Estranhamente, sempre num sítio que eu desconhecia, e que ela não me podia revelar.

3 - Nunca se esquecem:

- Oh mãe, não me chateies com isso! Já sou crescido!
- Ah sim?! André, quem é que perdeu aquele guarda-chuva em 1992?

sábado, 20 de dezembro de 2008

Às vezes não resulta

- Já sabias? Vou-me casar!
- Ui, no que te meteste! A célebre corrente! Acabou a liberdade! Estás tramado! Vais-te arrepender tanto! Que asneira tão grande! Mais valia pedires que te passassem com uma betoneira por cima, porque é assim que vais acabar! Só que ainda pior! Quando ela se fartar de ti leva-te tudo! Vais acabar de cuecas, na Avenida da Liberdade, a dançar músicas de um grupo folclórico de Bratislava, para deleite de velhos pervertidos e freiras desocupadas! Ela vai-te reduzir a um verme. A tua bexiga deixa de funcionar. Os pulmões mirram. Os teus músculos paralisam. Nunca mais vais conseguir ter uma erecção! E quando ela acabar de te lixar, vai-te levar os tomates. E vai pô-los numa prateleira de troféus.
- Problemas em casa, Copérnico?
- Alguns...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Tudo se resume a mamas grandes

Existe um placar de publicidade que faz anúncio a um Condomínio de apartamentos. Obviamente, como qualquer outro tipo de publicidade, tenta aliciar-nos a comprar o produto. De que forma? Apresenta-nos, esta publicidade, a Rita. Convém dizer que a Rita é uma loira com mamas grandes e com predilecção por tops justos e de decote simpático. E a Rita pergunta-nos: "Queres ser o meu vizinho"?
Porque é que eu havia de querer ser vizinho da Rita? Será que ela faz uns bolos muito bons, que gosta de partilhar com a comunidade? Será que é uma vizinha exemplar? Não. A Rita convida-nos a ser vizinhos dela porque existe aquela eventualidade de virmos a ter relações sexuais com ela.
Sinceramente. Primeiro, põe de lado completamente a possibilidade de mulheres virem a ser inquilinas do condomínio, pois a Rita só quer vizinhos. E depois, despeja um balde de merda no que diz respeito a assegurar os compradores da qualidade do que compra. O que interessa é morar à beira de uma mamalhuda e muito remotamente vir a dar umas quecas com ela.
Caros senhores, os homens não são assim tão idiotas. Não estamos dispostos a morar num pardieiro cheio de ratos e com chimpanzés a urinar nos cantos só para ter a muito remota oportunidade de amassar as mamas da Rita. Pelo menos, falo por mim.
EXIJO, pelo menos, que a Rita se passeie só de tanga pelas redondezas. No Inverno pode usar um cachecol. Também não sou nenhum palerma.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

É só para quem pode

Outro dia resolvi ir a uma conferência sobre a gaguez. À porta, um tipo que lá estava tentava pronunciar "ninguém" e outro tentava pronunciar "jacaré". O que se ouvia era isto:

Nin... Ja... Nin... Ja... Ninnn... Jaaaa...

Tão agradável, ser reconhecido onde quer que vá.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fantasticamente javardos

Há que admirar o editorial do jornal "A Dica".
No cabeçalho lia-se imediatamente algo do género "Entrevista: Soraia Chaves", que toda a gente sabe, é conhecida pelas suas soberbas aptidões para a actuação. Logo abaixo disto, lia-se "Salsichas de Porco - x.xx€/Kg".

Coincidência? Não me parece.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Bedum?

Empregado de Mesa (E.M.): Então, que tal estava o bife?
Cliente difícil (C.D.): Estava assim-assim... Que é como quem diz mau.
E.M.: Então, mas porquê? O bife não estava bom?
C.D.: O bife sabia à palha.
E.M.: À palha? Mas isso quer dizer o quê? O senhor já comeu palha?
C.D.: Não, mas sei que não sabe a nada. Assim como o bife.
E.M.: Então e os rissóis?
C.D.: Os rissóis sabiam a bedum.
E.M.: Bedum? Não se importa de me esclarecer?...
C.D.: Bedum, homem! Bedum é aquela gordura do animal que sabe mal. E o rissol transbordava bedum.
E.M.: Mas a chouriça gostou, não? É uma especialidade da casa!
C.D.: Pá, não quero ser esquisito, mas a chouriça, além de bedum, sabia a petróleo.
E.M.: Como, a petróleo?!
C.D.: Eu explico. Agora já não fazem os fumeiros como antigamente. Pegam fogo a petróleo, num balde, e metem os enchidos em cima. É o método industrial, para despachar. E esta chouriça era industrial, não era da casa caro amigo...
E.M.: Ouça, não vou discutir consigo, obviamente é um homem com gostos... Particulares. Quer provar o peixe?
C.D.: Uiii, nem pensar. Mais petróleo não.
E.M.: Não me diga que também acha que marinamos os peixes em petróleo.
C.D.: É claro que não, isso seria ridículo. Eles sabem a petróleo porque os barcos de pesca, para não terem problemas de Z.E.E. marítima, vão pescar em sítios onde houveram descargas petrolíferas e os peixes veêm todos a saber a isso.
E.M.: Certo... Imagino que o vinho também não estava do seu agrado?...
C.D.: Uma zurrapa feita a martelo, deveras.
E.M.: Bom, não posso dizer mais nada a não ser lamento muito por si. E pelo almoço também.
C.D.: Que quer dizer com isso?
E.M.: Nada, nada... Café ou sobremesa?
C.D.: Café, se não souber a mijo de rato. É que os gajos lá dos armazéns,têm aquilo mal fechado, e depois os ratos vão dar as mijas para cima das embalagens de café e depois é o que se sabe. E pode ser também uma fatia de pudim, se for francês. Não quero pudim de laranja, que às vezes é o que vocês têm e dizem que é francês.
E.M.: Vou fazer os possíveis. Mas posso-lhe perguntar uma coisa? Se não gosta de nada aqui, porque não vai a outro lado da próxima?
C.D.: Porque na Pizzaria não posso entrar. O dono levou a mal quando lhe perguntei quais eram, da lista, os ingredientes que faziam mal aos clientes. E no outro aqui lado nem pensar. Aqui o bife sabe à palha, mas lá sabe a estábulo.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Só se safa assim quem é ninja

Tinha uma disciplina no secundário chamada I.D.E.S. Disciplina essa que era leccionada pela Maria Botija. Num dos últimos testes, estava tão fartinho de aturar aquele pinguim com hérnias que não estudei a ponta de um corno. Fiz cábulas no computador e siga. Durante o mesmo, sem eu dar por ela, uma das cábulas caiu-me do bolso. A Maria Botija apanhou-a, virou-se para mim e disse:
- André, de quem é isto?
Como adulto responsável, e ciente de que não tinha qualquer escapatória, dei-lhe a única resposta possível e sincera:
- Não é meu!
Só depois me apercebi que estando eu completamente sozinho no lugar onde me encontrava, se não era meu só se fosse da turma anterior (que por milagre, tinha exactamente teste à mesma disciplina e com a mesma matéria). Mesmo assim, não esmoreci:
- Já lhe disse que não é meu!
Ao que ela responde, com os olhos vazios e cruéis:
- Já sabes, tudo o que estiver aqui vou-te descontar no teste.
Depois escancarou o maxilar para soltar uma gargalhada gélida e inumana, típica de quem vendeu a alma ao diabo a troco de um parceiro sexual automatizado e cego.
Ficou ela muito satisfeita, a pensar que era desta que me apanhava nas suas teias maléficas.
Deste-me cá um abalo ao pífaro, Maria Botija... Mal sabias tu que eu tinha umas 200 cábulas no bolso, e apenas me apanhaste uma!
E já nem digo que, tal e qual um verdadeiro ninja, copiei que nem um porco! Mesmo com ela a descontar o que viu na cábula, tirei 15 no teste. Embrulha que é Natal, e com jeitinho que é para oferecer!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Depende, não é?!

Nunca vou compreender muito bem, aquelas pessoas que se abrigam no cliché "perguntar não ofende" para acharem que podem perguntar o que muito bem lhes apetece. Eu explico. Se alguém me pergunta "André, és tão sensual de aspecto quanto a tua escrita o é?" claro que perguntar não ofende. Se me perguntam "André, é verdade que o teu pénis é de tal maneira soberbo que parece que foi esculpido por um artista do Renascimento?", também não me ofendem. Aliás, são perguntas às quais eu geralmente respondo até sem mas terem colocado.
Agora, se alguém chega à minha beira, se faz de sonso, e me pergunta algo do género "É verdade que só fazes sexo 10 vezes por semana?" só para me humilhar, claro que ofende!
Se alguém pergunta a outro "És burro, ou comes merda às colheres?!", claro que ofende! Aliás, não só ofende como não nos deixa muita margem de escolha em termos de actividades.
"Serás tu uma besta?", é outra que tal. É óbvio que não nos vai deixar muito satisfeitos, saber que a pessoa que está a falar connosco, duvida se somos um gorila barbeado ou um ser humano. "Ei, perguntar não ofende...". Ofende sim ó cabeça-de-musgo!
Da mesma forma que, se somos abordados na rua por alguém que nos pergunta "Pode-me dizer as horas?", devemos logo dar-lhe duas solhas na testa! Queres saber as horas, pergunta a quem não quer ter o trabalho de arregaçar a manga para as ver! O pretenciosismo de algumas pessoas, sinceramente.
Portanto, não me forniquem em seco e a puxar-me pela barba. Perguntar OFENDE sim. Depende do que se pergunta.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Eu sei que o fazem, mas poupem-me!

Gostava de manifestar o meu desagrado, repugnância e vómito dificilmente contido para com aquele anúncio a aquecedores ou esquentadores ou seja o que for, que se promove afirmando algo do género "Reacenda a chama da sua paixão". Para corroborar a mensagem, mostram dois velhotes com idade balizada entre os 91 e os 92, abraçados e a beijarem-se. Nus.
Ouçam, senhores que querem aquecer as casas dos portugueses: nós sabemos que um dia vamos ficar assim. Mas até lá, deixem-nos gozar sem preocupações e sem descolamentos de retina por ver coisas destas. Se eu quisesse ver duas uvas-passas gigantes a terem relações sexuais, dirigia-me a um qualquer lar de idosos e atirava uma caixa de viagra para o meio da sala de convívio.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O Povo é que sabe

Para a frente, como o Valente!
De lado, como o Machado!
Para trás, como o Brás!

São três expressões populares comuns.
O Valente devia ser um tipo destemido.
O Machado, com certeza, tinha um qualquer problema de equilíbrio.
Já o Brás, era homossexual.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Primeiro encontro com...

Sou conhecido pelas minhas longas maratonas a jogar Tetris ou Pac-Man no telemóvel quando tenho que ir à casa-de-banho. É até perder a sensibilidade nas pernas.
Deixou-me isto a pensar... Quão bonito era, num primeiro encontro, eu deixar a minha acompanhante durante 15 minutos à espera? Seria algo do género, julgo:

Se ela fosse Psicóloga...

- Demoraste! Que estavas a fazer?!
- Como? Então... A cagar...
- Ah sim? Fascinante! Desenvolve essa ideia.

Se ela fosse Nutricionista...

- Demoraste! Que estavas a fazer?!
- Como? Então... A cagar...
- Ah, ok. Custou muito? Tens-te alimentado convenientemente?

Se ela fosse Professora de Português...

- Demoraste! Que estavas a fazer?!
- Como? Então... A cag... A evacuar, digo.
- Constrói uma frase em que uses a palavra "fezes" três vezes.

Se ela estudasse Escatologia...

- Demoraste! Que estavas a fazer?!
- Como? Então... A cagar...
- Como era a textura? Eram secas? Saiu um grande ou aos bocadinhos? Posso ir dar uma espreitadela? Não te importas de passar a cagar em saquinhos e dar-me, para estudo?

Se ela fosse Coprofílica...

- Estavas a dar uma cagadela, não estavas?
- Sim... Mas porque perguntas? Ah, pois, demorei muito, desculpa.
- Não, nada disso... Acho isso extremamente atraente num homem... Eram bonitas as fezes?
- Como?!
- Deixa-te de coisas e dá-me já uma aqui à frente de toda a gente enquanto gritas "Merda"!

*Começa a despir-se, e noto que tem uma tatuagem de uma sanita na nádega*

Se ela fosse Coprofágica...

- Desculpa a demora, foi...
- Eu compreendo o que foi! Acabaste-as? Queres um Tupperware?

sábado, 15 de novembro de 2008

À conversa com um tarado

Assim ouve um tarado sexual, uma conversa:

De modo que então resolvi voltar para casa para fazer o sexo. Quando lá cheguei, fiquei excitada por três razões:
- o meu marido estava a brincar com a pila e não pôs a mesa.

- tinha as pernas escancaradas e só entrava frio;
- não tinha cuecas;
Tive que fornicar até mais não puder porque o supermercado estava quase a fechar.
Depois do sexo, claro que o meu marido queria jantar... Está certo... Depois do fraca figura que fez hoje no sexo, mandei-o mas é brincar com a filha!

Claro que, sendo um suíno de primeira água, o tarado não consegue distinguir o que de facto foi dito, e o que imaginou com a sua mente extra-pervertida. Aqui fica a chave para uma melhor compreensão:

Sexo = Jantar (e vice-versa)
Excitada = Fula
Pila = Filha (e vice-versa)
Pernas = Janelas
Cuecas = Batatas
Fornicar = Correr

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Tivessem estudado mais o léxico!

A maioria dos filmes de terror que já vi, apresenta sempre um certo nível de qualidade ao qual já me habituei. É aquela a que os especialistas da 7ª Arte chamam "Qualidade Péssima".

A grande maioria dos filmes que se enquadra nesta categoria, começa, ou com uma mamuda a despir-se (como já num post anterior fiz referência), ou com um membro do grupo, que normalmente se assemelha bastante a uma fuinha, a dizer "mete por ali, eu conheço um atalho".

Posso começar já por aí. Se vamos numa estrada iluminada e a razoável velocidade, porquê (oh, porquê?!), atalhar por um caminho em terra, pelo meio da mata, e com menos luz do que o meu intestino grosso? Estupidez pura. Mas quem é mais estúpido, é quem vai a conduzir e acata o conselho.
Adiante. Neste ponto, estão então no dito atalho. Têm um acidente, e então aparece a "ajuda": um sujeito que eventualmente vai esventra-los a todos e alimentar as suas vitelas alienígenas de estimação com os bocados. Sim, eu já vi filmes assim tão maus. E sim, as vacas eram as assassinas. Aliás, os fetos das vacas, assim é que está correcto. O grupo a quem isto acontece, é sempre igual, e morre sempre na mesma ordem:
- Casal mamuda loira e capitão da equipa de futebol, que é um bronco. São namorados. Ambos, antes do atalho, já protagonizaram pelo menos uma cena de sexo com nudez de peito da loira e sexo oral. O bronco é o condutor do carro, e a razão pela qual toma o atalho é porque não pode perder mais tempo sem estar a fornicar a mamuda. Quase parece que o prazo de validade do silicone vai expirar dali a umas horas. São os primeiros a morrer. Normalmente, a morte da loira implica pelo menos mais uma cena de nudez de mamas e talvez uma cuequinha à vista. O bronco revela-se um autêntico coninhas-de-sabonete. Chora e geme como uma menina enquanto é morto com piladas violentas na cabeça, e nada faz para se salvar.
- Palhaço de serviço. É aquele idiota que vai na viagem sempre a fumar estupefacientes, a consumir álcool e a fazer piadas sobre tudo e mais alguma coisa. É o que sugere o atalho, o cabeça-de-iogurte. Ninguém parece gostar lá muito dele e com o desenrolar do filme, eventualmente fartam-se tanto de o aturar que o herói/heroína do filme lhe dá um tabefe nos dentes para o calar. Porque a besta, apesar de estarem a morrer pessoas, ainda faz piadas sobre isso e diz "isto é uma partida, vai tudo correr bem...". Não vai. Mas ele não vai chegar a saber, porque vai bater as botas a seguir ao casal. Tem uma morte muito dolorosa. Do género de lhe espetarem uma serra eléctrica no cu. E acho bem. Já estava na hora de alguém lhe mostrar que a vida não é só palhaçada e fumar erva até ver elefantes cor-de-rosa. A forma como ele morre, contrasta completamente com a personagem. Finalmente alguém lhe mostra algo que não tem piada.
- Herói ou heroína. São normalmente acompanhados ou pelo namorada(o) ou melhor amigo(a). É aquele gajo (só vou dar o exemplo masculino, senão dá muito trabalho) que não bebe nem se droga. O capitão da equipa de futebol (que é um bronco), goza um bocado com ele, apesar de não saber que ele é muito corajoso e até se levanta todos os dias às 5h da matina para ordenhar as vacas (da quinta do pai). Ou então tem muitos problemas em casa, mas mesmo assim é um tipo às direitas. Este é o personagem que vai sobreviver. A namorada ou o melhor amigo dele, a dada altura no filme, vai dar a vida (dramaticamente), por uma razão ridícula. Isto porque no entender dele(a), vai altruísticamente salvar o herói dessa forma. Algo deste género: "Não, não! Vai para ali, eu chamo a atenção dele! Quando ele me estiver a comer as tripas, dá-lhe com esta tablete de chocolate na cabeça! Só assim ele morre! Não, não discutas! Não, não existe outra solução!".
Não, não me fodam. Existem sempre 54648641 maneiras de matar UMA pessoa. Mas pronto. O herói ensanguentado sobrevive para ordenhar por mais um dia.

Porque tomar o atalho? Não se detêm sequer sobre a palavra. A-talho. Que é exactamente onde eles vão acabar. Num talho, a serem talhados. Até em inglês, shortcut. Tradução literal e "desmontando" o termo, pequeno corte (short-cut). Palavra composta por aglutinação. Assim como eles vão acabar: aglutinados por fetos de vaca aliens amestrados.

Querem melhor aviso do que este?

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Foi um arrepio na espinha

Aconteceu esta tarde. Tenho apenas 24 anos, mas a partir de hoje já me considero um homem vivido. Finalmente, o dueto musical por mim esperado praticamente desde que nasci. Popota e Tony Carreira cantam juntos, com um fim muito nobre: aumentar as vendas de Natal do Continente.

Obrigado a quem tornou isto possível, já posso definhar feliz.

Aliás, o conceito de morte cruzou-me a mente incessantemente enquanto ouvia a música. Bendita a hora em que liguei o rádio do carro.

domingo, 2 de novembro de 2008

Esta é difícil

Estava na rua, a pensar em ir às compras, atacar os saldos. O dia estava normal, não se encontrava indisposto. Tinha a mão apoiada num carro, que se assemelhava bastante a um candeeiro com rodas. De repente, o Stallone faz rappel até mim num cabo de electricidade. Pergunta-me se tenho trocos para o parquímetro. Digo que não, e ele monta a sua vassoura voadora e prepara-se para ir embora. É nesta altura que passa por nós o Mickey e diz "Vou às ratas".

O que existe de totalmente impossível neste cenário?

Obviamente, eu nunca iria às compras, e muito menos aos saldos. Isso é coisa de mulher.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Este post não tem piada (para variar...)

Tenho andado ausente, já repararam. Não tenho culpa, toda a gente quer um bocadinho do André. As mulheres já se sabe que bocadinho é. Apenas por uma data de motivos morais e éticos é que eu não lhes dou o... Pronto, eu tenho namorada e gosto dela. Mas existem efectivamente MUITAS mulheres que tentam assediar-me na rua, e essa é a causa da minha ausência. Uma simples ida à farmácia transforma-se sempre numa corrida de obstáculos por entre seios, nádegas e algumas mãos peludas. Sim, os homossexuais já me puseram a cabeça a prémio. E portanto, queria agradecer a TODOS os que já comentaram, aos que comentam assiduamente, aos novos comentadores, e aos que ainda estão para vir (sou preguiçoso, não quero ter que repetir). Queria também pedir desculpa por demorar tanto tempo a responder aos comentários, e atrevo-me até a pedir desculpa pela ausência de posts nos últimos tempos. Assim em jeito de quem quer dizer que o pessoal até gosta do que eu escrevo.

Sei o que pensam: "Andas a virar larilas ou quê?! Que post mais maricão."
Às vezes, e porque não quero perder os leitores que conquistei à Katanada, tem que ser.

Abraço másculo.

sábado, 18 de outubro de 2008

Vade retro!

O meu pai tinha uma revista de sudoku que tinha desafios de vários graus de dificuldade: muito fácil, fácil, médio, muito médio, difícil e muito difícil. E depois mais lá para o fim, tinha um grau de dificuldade acima do muito difícil. Era a o grau de dificuldade DIABÓLICO!
Este, não era um sudoku qualquer. Era um sudoku forjado nas entranhas do inferno, e a sua produção é supervisionada pelo diabo em pessoa. É de tal maneira ardiloso e maléfico que facilmente leva à total insanidade qualquer um que não tenha já muita experiência nestas andanças. Impossível de realizar sem antes e durante haverem benzeduras, e borrifadelas de água benta. É uma batalha épica entre as forças da luz e as das trevas (no mundo dos jogos de revista)! Apenas os paladinos mais destemidos e astutos podem almejar levar a cabo este desafio, que é um autêntico exorcismo! Enquanto se o resolve há gritos, choro e ranger de dentes. Há clamores de piedade, invocam-se poderes ancestrais, e bradam-se gritos de batalha, como por exemplo "Mas como é que o 4 não dá ali, meu Deus?!" e "Aqui um 2?! Mas isso é o número de cornos do diabo! Mais água benta!". Combate-se o mal no seu estado mais puro. É o sudoku diabólico. Cuidado...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Tipos de casais

Os caga-na-saquinha:
- Então, vamos almoçar fora hoje?
- Não coisinho... Lá fora está frio e há pessoas!
- Tens razão, fogo! Esqueço-me sempre! Queres cóceguinhas?
- Não, que me faz rir!

Os insuportáveis:
- E eu não te disse que nos encontrávamos ao pé das escadas-rolantes, ó p**a!
- E quantas escadas-rolantes há no shopping, monte de trampa inútil?
- Obviamente que eram estas, pêga! Tu já devias saber, estás sempre aqui metida com os seguranças!
- Ao menos eles conseguem ter uma erecção.
...
- Ah desculpem, esquecemo-nos que vocês estavam aí. A culpa é tua! Porca...

Os lamechas mete-nojo:
- Estás tão linda hoje... Pessoal olhem para minha namorada, ela não está linda hoje?
- Oh pára! Estás a envergonhar-me! Oh... És tão lindo... Vamos fazer amor daqui a 10 anos, prometo! Vai ser tanto amor...
- Não tenho culpa, não te resisto... É que tu cheiras a mel...
- Oh... Dizes as coisas mais lindas... O nosso amor é como uma pomba branca, e voa mais alto...

Os descontrolados:
- Não... Aqui não...
- Vá lá...
- Ok, mas rápido então.
... Na esquadra...
- Lamento, mas não podem ter relações sexuais no decorrer de um velório. Quer dizer, até podem, mas não em cima do caixão e à frente da viúva e dos filhos do falecido.

Os com problemas:
- Sabes que és assim por causa da tua mãe, não sabes?
- O que é que tem a minha mãe? Pelo menos não teve 10 maridos como a tua. Nem um homem conseguia segurar. Mas também, pudera, já viste bem o teu pai?
- Ao menos o meu pai respeita-me, ao contrário de ti, porco. E a tua mãe... Ui... Ela sabe que já existe roupa com cores, certo?
- Sabe, mas ela anda de luto pela vagina da tua mãe.

Quando a mulher manda:
- Vou sair com as minhas amigas. Não te interessa com quem nem o que vou fazer. Enquanto vou, lava a louça e aspira. Quando voltar, vou-te violentar.
- Sim querida, tudo o que tu quiseres!

Quando o homem manda:
- Vou sair com os meus amigos. Não te interessa com quem nem o que vou fazer. Enquanto vou, lava a louça e aspira. Quando voltar, vou-te violentar.
- Como?... *PUM* (caçadeira "acidentalmente" disparada)

Nota para as senhoras - Então, já me redimi do outro post? A única coisa chata é que este é mesmo fantasia pura...

Os que se acham melhores que todo o mundo:
Dizem...
- Pffft, olha para aqueles! Não vão longe. Ela toda arranjadinha, aposto que é uma prostituta de primeira. Ele parece um sem abrigo.
- Ai amorzinho, tens toda a razão... Que pirosa. Somos melhores do que todos.


Pensam...
- Quem me dera que este murcho fosse mais como aquele matulão que ali vai.
- Esta estúpida não se enxerga nem que a fealdade lhe viesse dar umas bofetadas na cara. Podia ser mais como aquela, ao menos sabe o que faz.

Os da High Society:
- Querida, hoje quer ter relações sexuais?
- Estou um pouco indisposta, não tenho a certeza querido.
- Bom, quando decidir estarei no meu escritório a consultar pornografia no personal computer.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O meu reino por uma rolha

Eu tenho um problema MUITO GRAVE com barulho no cinema. Preciso de total e absoluto silêncio. Se alguém deixa cair uma pipoca ao chão eu já estou a moer "que c*****o de falta de respeito, um gajo paga e não pode ver o filme sossegado, que falta de civismo, era mata-los a todos" etc. Tenho a minha cota-parte de me virar e dizer "vais fechar a laringe, ou preferes que seja um balão de soro a servir-te a tua próxima refeição?". E não lido mesmo NADA BEM com o barulho incessante. Seja quem for. Às vezes ainda digo coisas piores, e não me interessa quem é. Do género... Bom, digamos apenas que o pai daquele miúdo, além de não ter achado muita piada, vai repensar a sua religião.
Ora, mas este paleio todo porquê? Porque hoje eu fui ver um filme, e atrás de mim estavam sentadas duas galinhas quarentonas, que não paravam de cacarejar. Pior! O vocabulário da mais cacarejadora era composto por apenas 2 expressões, que repetia vezes sem conta, e em qualquer circunstância:
- Que merda é esta?!
- A sério...
Nem que na altura estivesse apenas um homem a passear um cão. Algo naquela cena lhe causava espanto e, julgo, um pequeno orgasmo.
Já a comparsa, obviamente frequentou mais anos de escolaridade lá no galinheiro, porque tinha um vocabulário mais vasto. Sei isto porque ela insistia em descrever TUDO o que de momento passava na tela. Para o caso de as outras 40 pessoas que assistiam fossem todas invisuais.
Ao primeiro "Que merda é esta? A sério..." não liguei. Ao segundo, a minha namorada já me segurava a mão com força, e ao terceiro olhava para mim com confidência e afagava-me a mão. "Olha, o gajo abriu a porta!" "Que merda é esta?! A sério..." Aí aperto eu a mão dela, e preparo-me para distribuir uns quantos tabefes. Mas a minha namorada olhou para mim, com olhos mais severos, e disse: "André. Tem calma se faz favor". Eu tive calma. Só espero que a veia que me estourou no cérebro para eu me controlar tenha valho a pena. Sendo assim, só olhei para trás uns segundos e fiz os habituais sons de tosse, chamando a atenção para o facto de me estarem a meter nojo. A partir daí nem falaram muito, mas quase que desejava que o fizessem. É que então veio o riso. Eu disse galinha? Era isso mesmo que queria dizer. Uma galinha que ganhou o primeiro prémio no concurso Eu, apesar de ser humano, gosto de imitar um animal ao rir-me e escolhi a galinha que é a mascote deste concurso.
Eu sei porque é que elas se riam tanto. Era excitação sexual. Naquele filme em concreto (Burn after reading), um quarto das personagens, é casada com outro quarto das personagens, que por sua vez é amante de um quarto de outras personagens que é casada com o último quarto que é amante, por sua vez, do primeiro quarto. Qualquer coisa deste género. Tanto sexo na tela e nenhum em casa... Se fosse eu, também... Bom, não cacarejava mas fartava-me de uivar. Pergunto agora eu: Não é verdade, minhas senhoras? E afinal, que merda foi aquela? A sério...

domingo, 12 de outubro de 2008

É porco mas é de homem!

Afinal de contas, na sociedade em que vivemos, qual é o papel da mulher?

É óbvio que é aquele extra-absorvente da Colhogar, que vem em rolos. Elas usam-no no seu espaço favorito: a cozinha. É isso, agora me recordo, é o papel de cozinha.

domingo, 5 de outubro de 2008

As verdades são para ser ditas

Foi anteontem. Durava um intervalo do programa do Malato, em que os concorrentes por vezes são demasiado estúpidos para pensar "não acertei em nenhuma pergunta nesta ronda, é melhor levar o que já acumulei antes em vez de voltar para casa sem nada e fazer figura de dinossauro em frente a milhares de pessoas" e carregar na porcaria do botão. Por baixo, em rodapé,passava uma mensagem. Aqui está, parcialmente, o seu conteúdo:

"... Sónia Araújo dança com um par muito especial..."

Subscrevo.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

No Paraíso era assim

Eva: Estás distante hoje...
Adão: Como?...
Eva: O que se passa, o almoço não estava bom?
Adão: O guisado de cágado com molho de guaxini estava óptimo! Não se passa nada, onde foste buscar essa ideia?!
Eva: Achas que estou mais gorda não é? Já não te sentes atraído por mim?
Adão: ????
Eva: Adão, diz-me, tens outra, não tens?
Adão: Claro que não! Mas também não é que pudesse...
Eva: Eu sabia!!!
Adão: Era uma piada!
Eva: Vocês homens... São todos iguais!!!
Adão: O quê?? E como é que tu podes saber isso???
Eva: A minha mãe bem me avisou, para não casar contigo...
Adão: Mas tu não tens mãe...
Eva: Javardo insensível!
Adão: A sério, que se passa, afinal de contas??!
Eva: Não podes ver um rabo de saias, ficas logo tolo e já não queres saber de mim, é o que se passa!!!
Adão: ???? E que raio é uma saia?!!

E assim, Deus inventou a tensão pré-menstrual, e o Homem inventou o c*****o f**a esta merda!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Uma escolha nada difícil

Recebi um e-mail de publicidade de uma revista de roupa, que dizia o seguinte:

"DORA OU SPIDERMAN, escolha já o herói preferido das Crianças!"

Ora, eu não sei quem é a Dora, mas o Spiderman obviamente que a bate aos pontos. Mas vamos fazer uma análise rápida, para depois não me virem outra vez chamar suíno chauvinista:

O Spiderman é homem, já leva vantagem à partida. E apesar de se fazer de coninhas de sabonete enquanto Peter Parker, quando está a combater os vilões no seu pijama vermelho e azul, nunca os apuros são demasiados que o impeçam de fazer um comentário sarcástico e irónico ao seu adversário. É que parece que não, mas desmoraliza. E ele dá cabo deles todos, apesar de serem mais fortes do que ele. Ou seja, quando veste o fato é um macho à séria, apesar de parecer um agente da Brigada Fabulosa (Gays). Já para não falar que dispara aquela gosma dos braços que se assemelha a teia, balanceia-se de prédio em prédio, tem uma agilidade e força desumana, e só não acasala com as fêmeas todas que lhe apetecer porque não quer (besta). Tem sentimentos pela Mary Jane, que provavelmente já lhe pôs os cornos com todas as personagens da Marvel. Mas adiante, ao menos afinfa onde deve.

Já a Dora, seja quem for, é mulher. Parte logo em desvantagem. Quais são os seus super-poderes? Não sei... Deve ser a super-culinária ou assim. Ganha é com certeza na escolha do disfarce, afinal de contas é mulher. Só que facilmente é derrotada, bastando para isso fazer um comentário foleiro sobre a sua indumentária. É o seu ponto fraco. Questionar aquela escolha de capa, a cor das suas super-botas ou da sua super-bolsa é fatal para a Dora. No entanto, durante o período de uma semana em cada mês, a Dora torna-se indestrutível, e devasta tudo por onde passa. Mas como disse no início, é mulher, e uma semana de combate ao crime eficaz, contra as quatro semanas sem parar do Spiderman a meter mauzões na cadeia, lamento mas não é suficiente.

Por isso, de entre os dois, o Spiderman é sem dúvida o herói preferido desta criança.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Consultório Amoroso #3

Cá vai mais uma:

Sr. Ninja,

Tenho acompanhado o que escreve, e reparei que já se pronunciou bastante vezes acerca da paneleiragem. Por isso, queria perguntar o seguinte:
se minha ex-namorada me diz que sou um paneleiro; se o meu pai me diz que sou um abafa-nabos de primeira; se a minha mãe clama em público que comparar-me aos tipos do Esquadrão G é o mesmo que comparar o Bambi ao Rambo; se os meus colegas me dizem que mais depressa se descobre vida em Plutão do que me encontrar sem estar de joelhos ou debruçado e com as calças em baixo; e se aquele padeiro maricão todos os dias de manhã me pergunta "então, é hoje que vai experimentar do meu cacete, ou vai continuar a fingir que não gosta?", isso faz mesmo de mim um larilas abichanado e descontrolado? Daqueles que vai para um ginásio só para ver homens suados a despirem-se e a lavaram-se, e depois vai para casa masturbar-se para os modelos da secção de roupa masculina de um catálogo da Fabio Lucci. Serei mesmo um defecador no sentido inverso? Estou com dúvidas. Já é tanta gente a afirmar! E eu que nem sequer gosto do tipo de massa do cacete... Não compreendo, estou confuso e com vontade de me sentar no colo de um homem.

Resposta:

Caro leitor(a)*:

Normalmente diria para, educadamente, mandar toda essa gente à meretriz que eventualmente os deu à luz. Mas tendo em conta que esta carta foi-me entregue por um carteiro musculado, de uniforme justo, curto e cor-de-rosa, montado numa lambreta cor amarelo-peido, com fitinhas nas rodas, pom-pons nos punhos e uma buzina em forma de testículos que quando apertados tocavam uma música do CD do Castelo Branco e esguichavam perfume, devo informa-lo que sim. De facto, o leitor é o maior picolho, maricas, paneleiro, abafa-cenouras, larilas, panão, homossexual, bicha, rabicholas panasca, e roto que alguma vez pisou este planeta. Bom, o maior não sei, mas definitivamente está no Top 10. Espero não ter sido ambíguo na minha resposta. É que se o leitor duvida nem que seja por um segundo que é paneleiro, obviamente já o é.

Nunca mais me volte a escrever por favor,

Ninja!

*Peço que me desculpe, não escrevi leitor(a) para lhe mandar uma indirecta. O meu Backspace é que se avariou e então não pude corrigir. Honestamente. Isto não é um sarcasmo de todo. E não, o meu backspace não é o meu esfíncter. Não se ponha com ideias.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Teoria da Beta

Chama-se versão beta de um programa, a um que ainda não está definitivamente terminado e com os erros de programação devidamente corrigidos. Tudo bem. Mas ela é beta porquê? Usa só argolas grandes, sapatos de vela e chora muito quando lhe dizem que tirou apenas um "Bom +" num teste? Nunca viu um pénis na vida e repudia todo o contacto visual que eventualmente possa ter com um, seja na TV ou nas revistas, gritando "Ah que horroooooor!"?
E quando nos informam que o programa entrou em fase de beta testing, que testes fazem à beta? Constatam se ela se consegue aguentar e abster de dar uma opinião, se o seu utilizador não usa roupa a condizer? Metem-lhe à frente o Sr. Carrapeto, que mora em Trás-os-Montes, para ver se ela não o repudia e lhe diz "Que horror, você cheira a povo."? Ou o beta testing consiste apenas em atirar testos à cabeça da beta?
Meditemos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O surf habita em todos nós, mas nuns mais do que noutros

Teria uns 5 ou 6 anos, e meti na cabeça que queria surfar. O culpado foi um programa, que ironicamente falava de surfistas que tinham morrido porque levaram com a prancha na cabeça com a força do mar, perderam os sentidos e afogaram-se. Claro que não ia pedir uma prancha aos meus pais, era muito pequeno e não havia para o meu tamanho. Por isso construí eu mesmo uma. Em esferovite. A primeira tentativa não saiu bem pois descobri que a cola tem um efeito algo corrosivo em contacto com o esferovite. Tive então que mudar a matéria-prima para fita-cola. Eu já explico. A prancha era composta por uma tábua com cerca de 1 metro de comprimento e 30cms de largura. À frente cortei-a em forma de V, era o mais próximo que conseguia. A cola, e depois a fita cola eram para segurar a "barbatana" da prancha atrás (digam lá se já não pensava em tudo). Ora, mas como obviamente eu sou muito hardcore, também a prancha tinha que ser. Adoptei os símbolos que para mim representavam ser um bad-beach-surfer-hardcore-sexy-boy. Têm que ter em conta que isto foi há uns anos valentes atrás. Consistiam numa caveira, um tubarão, as tartarugas ninjas e o símbolo dos G-I Joe. Tudo por mim desenhado e colorido, com marcadores Molin.
Em casa fui treinando em frente ao espelho, a imaginar-me a rasgar ondas de 10m de altura como quem come uma torrada. Quando finalmente fui à praia, lá meto eu a prancha debaixo do braço e avanço para o mar "cheio de estilo". Passo por umas mulheres que olham para mim, apontam, cochicham e riem-se. "Já está a dar resultado isto de ser surfista. Aquelas já estão malucas." pensei eu. Mal entro no mar, não tive nem tempo de pôr a prancha na água. Uma onda daquelas leva-me aos trambolhões de volta para a costa. Lembro-me de tudo o que pensei desde que vi a onda até chegar à margem com 2Kgs de areia nos calções:
"Ei, esta onda é que vem mesmo a calhar! Cá vai disto... Ups, é mais forte do que pensava... A prancha já era, partida em dois... Ui, que é isto que me acertou na cabeça?! Deve ser a prancha, o programa bem que avisou! Não faz mal, vou nadar!"
E eu nadei. De facto, nadei tanto que nem reparei que estava era a dar braçadas completamente em seco, na areia, aos pés de uma velhota simpática. Velhota essa que tinha acabado de ter as pernas atropeladas pela minha cabeça. Afinal não, não era a prancha. Mas eu ainda não me tinha apercebido, e esbracejava como se o José Castelo Branco me tivesse perguntado se eu queria um "docinho" e eu não tivesse outra fuga que não remar às braçadas pela areia fora. Ela manteve-se calma. Eu parecia uma misturadora eléctrica descontrolada. Ao fim de uns 20 segundos, e porque eu ainda persistia em nadar na areia aos seus pés, ela pergunta-me a sorrir:
- Estás bem, filho?
Meio indignado, eu respondo:
- Então, claro que sim! Eu sei nadar!

Obrigado, minha cara e incógnita senhora, por não ter irrompido em gargalhadas desbragadas perante um espectáculo que só compreendi ser tão hilariantemente patético muitos anos depois.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sabedoria javardolas

Duas mulheres.
Uma levanta-se as 7h da manhã, apanha o autocarro a horas, e ao chegar ao trabalho, passa pelo homem da vida dela. Falam-se, e não perdendo mais tempo, fazem a cópula como dois mamutes que passaram quatro anos de férias no "Campo celibatário para animais pré-históricos com chifres" e acabaram de regressar. Dois anos depois estão casados e nunca o "Campo celibatário" pareceu uma ideia mais ridícula.
A outra mulher, naquele mesmo dia, levantous-se às 9h. Perdeu o autocarro e teve que aguentar na paragem, durante 2h seguidas, um ucraniano embriagado a cantar "Eu tenho dois amores" de Marco Paulo, enquanto um míudo berrava em plenos pulmões e a chuva caía como se alguém no Céu tivesse puxado o autoclismo a uma sanita celestial gigante. Chega ao trabalho atrasada e o chefe quer vê-la, para lhe dar o raspanete. Ela tenta seduzi-lo e é despedida porque "tu és uma p**a e eu um paneleiro!", diz o chefe. À noite tem um encontro, mas corre mal e ela não faz sexo absolutamente nenhum.

Moral da história: A "pássara" madrugadora é que apanha a "minhoca".

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O Destino caga-me em cima de novo

O cheiro era intolerável. Era um fedor nauseabundo, digno do ambi-pur de Lúcifer. Equivalente a seis estábulos atolados em bosta, ou uns dez campos recentemente adubados com muito estrume. Até acho que era isso mesmo. Cáustico para as narinas, corrosivo para as pestanas dos olhos. Olhos esses que lacrimejavam como se tivesse ido dar um mergulho numa piscina de sumo de cebola. O cheiro era completamente, insuportavelmente atroz. E mesmo assim não consegui reprimir aquele enorme bocejo.

domingo, 7 de setembro de 2008

Quem diz que o romantismo morreu?!

- Amor... Olha-me nos olhos...
- Estou a olhar. O que têm?
- Olha-me bem fundo nos olhos... Chega-te bem perto de mim... Olha-os profunda e demoradamente... Então, diz-me o que vês...
- Bom, estrábica não és.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Consultório Amoroso #2

Mais uma carta aleatória, das inúmeras que recebi. Por inúmeras entenda-se nenhuma.

Caro Ninja!:

Antes de mais deixe-me dizer-lhe que adoro o que escreve. É de tal maneira soberbo que se um dia alguém descobrir a cura para o pior flagelo da humanidade, será indubitavelmente o Ninja! Obviamente estou a falar da impotência. Para a SIDA não há pressa.
Agora o meu problema: Sou incapaz de ter um orgasmo sem me dar uma vontade incontrolável de defecar. Posso estar a jejuar há um mês. Posso até ter removido cirurgicamente os intestinos. Na hora do esguicho tenho que arrear a giga. O que sucede sempre: estou a martelar numa venezuelana ou numa boneca insuflável chinesa e no momento... Bom... De dar continuidade à espécie, saio a correr para a sanita enquanto grito "Marlene, foste de longe a melhor queca da semana, mas agora tenho que ir obrar", e acabo sentado a fazer força, pés na parede e a berrar "sim, sim, oh sim", enquanto seguro papel higiénico e o meu canário me debica um olho. O barulho também é incómodo. De facto, é de tal ordem que quando volto a mulher ficou tão perturbada que já decepou as mãos e juntou-se a uma seita que adora um deus-mexilhão. Fui aconselhado a comer arame, plástico, fiambre e milho seco, mas não deu grande resultado para além de ter evacuado uma gaiola para hamsters. Agradecia a sua ajuda, pois isto tem-me causado algum transtorno. Até a boneca já pensa em me deixar.

Resposta:

Nada mais fácil, caro malcheiroso e mesmo muito estranho com quem nunca me quero cruzar na rua, e talvez sociopata leitor:
- leva um penico para o leito e faz a cópula sentado nele, alegando que melhora a sua performance sexual (o que até certo ponto é verdade);
- lê o blog do Cláudio Ramos. É garantido que fica de tal maneira obstipado que fica sem cagar durante um mês.

Sinceramente e pela primeira e última vez,

Ninja!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Num mundo em que diriamos o que pensamos

Vaca (Orientadora de Estágio): André você tem que melhorar as suas aulas. Nomeadamente na gestão do tempo. Ficaram por dar 0,36 páginas do manual. Apesar de as poder dar na próxima aula em 2 minutos. E vou ignorar todos os outros pormenores da sua aula (que correu maravilhosamente bem), apesar de ter trabalhado como um animal de carga do séc. X a.C., num dia em que metade dos escravos estavam de baixa com diarreia.

André: Azar do c*****o sua vaca estúpida! Estou farto que me critiques por coisitas de merda e depois vás a seguir fazer igual porque até gostaste! Não vou mudar merda nenhuma nem tenho de capitular às tuas ridículas exigências! Se o teu marido não fosse um panão e te afinfasse onde devia até peidavas raios de sol em vez de vires com cara de quem tem um abeto a sair-lhe pelo recto. Rinoceronte...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

É um sinal do Apocalipse

Uma mulher atraente, nos seus trintas, muito produzida, decote enorme e a bambolear-se passa por um miúdo de 11, 12... Talvez 13 anos NO MÁXIMO. A mulher obviamente era uma matrona ultra-experiente no sexo. O miúdo ainda com dentição de leite. Quando ela passa, o seu comentário não se faz esperar:

-Hei... Que foda que era...

Sim.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Teoria das mamas

Esta minha "Teoria das mamas" consiste no seguinte: se um filme, que há partida já temos dúvida se será bom ou mau, exibir mamas ao léu nos primeiros cinco minutos de duração, o filme será tão bom como o conteúdo de uma retrete de um lar de idosos. Podem apostar a vossa vida nisso.
Passo a exemplificar:
Uma gaja aparece logo no início de um filme, com uns calções que quase desaparecem no rego das nádegas, e uma t-shirt que quase não consegue tapar os seus massivos seios. Como se os mesmos tivessem medo do escuro, ou assim. De repente e só porque lhe apetece, começa a tirar a roupa e vai nadar num rio só de fio-dental, mas não sem antes se exibir e abanar tanto que até um doente de Parkinson tem dificuldade em acompanhar. Meus caríssimos leitores, o filme será uma merda. "Como?! Isto não podia ter começado da melhor maneira!" Dizem os homens. "Este André é sempre o mesmo porco badalhoco!" dizem as poucas mulheres que ainda lêem este blog. "Mamas à mostra?! Que NOOOJOOO!" dizem os leitores panascas.
Na realidade, podem acreditar que a médio/curto prazo, não vão valer a pena aqueles 5 minutos de nudez. Se o filme tem que colmatar a sua falta de conteúdo, enredo e orçamento com mamas de fazer inveja à fábrica de silicone de Estarreja, o resto do filme será tão atroz quanto possam imaginar. Sei do que falo, já passei por essa situação incontáveis vezes. Para fazer render o peixe, vejam a cena de nudez umas 20 vezes. Sempre é melhor do que nada, e se o filme foi alugado, sempre dá para não nos acharmos uns completos idiotas. Menos os paneleiros, esses não tem hipótese, claro. E as mulheres? Já tiveram a inteligência de desligar o leitor de DVD há muito e foram fazer coisas que gostam mais. Aspirar e assim.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Quando a pergunta é estúpida...

Mais uma vez gostaria de dar início a um momento educativo, que certamente será de "grande" utilidade para o leitor. Ênfase no grande. Era um sarcasmo.
Podemos a qualquer altura nos deparar com perguntas que não merecem resposta, feitas por pessoas com laivos de megalomania humorística. Para estarmos preparados, eu proponho outro tipo de resposta. Passo a exemplificar, fazendo uso da minha imaginação:

Cretino com a mania que é engraçado: Desculpe, podia-me indicar a estrada para a América? Daqui do Carregal não sei...

Qualquer pessoa com resposta à altura: Sim, claro. Segue sempre esta rua até à P**a Que o Pariu. Lá na P**a vai encontrar um entroncamento, onde vai poder virar à esquerda ou à direita. Não vire à esquerda, vire à direita. Preste atenção nessa rua, tem que passar por três placas a dizer "Você têm a inteligência de um penico", e só então é que vira para cima. Mesmo cima, em direcção ao céu. Sempre a direito a subir. Depois desce de novo. Continua sempre depois, até se cansar de andar em frente. Nessa altura vire à direita de novo. Ou à esquerda, tanto faz. Quando chegar ao C****o Que o F**a, já está perto. Ande em círculos durante uns vinte minutos, e depois siga por uma rua estreita, ou não, até chegar a um sítio qualquer, em que o fedor a estrume lhe vai parecer perfume, comparado com o seu próprio odor corporal. Aí pergunte por um Aterro Sanitário. Quando o encontrar, chegou à América.

domingo, 24 de agosto de 2008

Austhralopithecus educatum est

Tinha um colega que era incapaz de dizer australopiteco. O mais próximo que conseguia (e ficou-se por aí), era austropoliteco. Posso estar enganado, mas julgo ser um australopiteco que tirou um curso profissional num instituto politécnico.

sábado, 23 de agosto de 2008

Como disse? #2

- Olha, estava a pensar irmos comer um gelado logo à noite, que achas?
- Sim, claro, boa.
- E depois, queres ir ao cinema?
- Claro, porque não...
- Ou podíamos ver um filme em minha casa.
- Sim, ok.
- Então, que fazemos?
- Isso está bom.
- ?? Estás a ouvir o que te estou a dizer?
- Por mim está bem
...
- Estou a pensar em ir a Saturno para o mês que vem.
- Ok, acho que posso nesse dia.
- E vou meter um poster do Marco Paulo no teu quarto, mesmo à cabeceira da cama.
- Óptimo, óptimo...
...
- André, és capaz de parar de olhar para as minhas mamas?
- Eu vou, claro.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Consultório amoroso

Das zero cartas que recebi com pedidos de ajuda, esta é uma delas:

Senhor Ninja,

sou possuidor de uma voz que se assemelha bastante ao cruzamento entre um garnisé, um pífaro e um porco a guinchar. Apesar de nem ter mau aspecto, é muito difícil manter uma relação por mais do que 5 minutos, pois eventualmente tenho que abrir a boca e dizer qualquer coisa. Torna-se ainda mais desagradável pois quando ouço Roberto Leal não me consigo controlar e, para além de ter uma erecção, começo a cantar. Os poucos sobreviventes ficam com danos irreversíveis nos tímpanos, traumas ou mesmo cegueira, pois pelos vistos algumas veias no cérebro são sensíveis a sons demasiado atrozes. Já tentei fazer o pino dentro de água, enquanto um grupo de suricatas amestrados toca o Hino da Alegria, mas sem qualquer resultado. O que lhe queria perguntar então era: Qual é a sua posição relativamente às políticas adoptadas pela República do Congo?

Resposta:

Caro leitor imaginário,

aconselho-o a conhecer melhor a Júlia Pinheiro. Por razões óbvias, já advinha o leitor: partilham dos mesmos interesses geo-políticos.

Atenciosamente,

Ninja!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Como disse?


- &%/(="#)($(%=!!!

- Hã??!

- =!)$((#)=%(&)*`ª^`^!!!

- O quê? O que é que estás para aí a dizer??!

- CAR%$/($= O!!! (%=$=%//&)!!!!

- C*****o? Foi isso que disseste? Mas c*****o porquê, c*****o?! Tenho alguma coisa lá? Tu andas a olhar para onde afinal?!

- Fod!"U/)% se que "=$((=="#)%(&%= com est ?=#(% erda!!!

- "F***-se, que está um dia de merda?", foi isso que disseste? Eu não acho, está-se bem na praia.

- "=$%)%/?=)#/(%)$/% MER )=%)(/# PODERIAS TU S "= R ($/ MAI %=)?& _:** ES #)% IDO?!

- Mau! À bocado estás a apreciar o que não deves e agora perguntas-me se eu poderia ser ainda mais esculpido?! Andas a virar bichona?!

- !)#/(/%?=#/=)"(&%=($/?")$/&%=?("/%$(?/()(&)!(#$ª*`^`**:;;?"(/$)&%)=(""(&%=()=(/&"%/()=(%&)(//)==)(&%»?=)"?/)%"(#!!!!!!!!!

- O quê??!!! Espera...

...

- TIRA A MERDA DOS AUSCULTADORES!

Mensagem encriptada

u thewin naum fez d guardacoxtax d ninguem, ximplexmenteh xoubeh interpretareh.
agr n xe podeh dizer k u benficah eh u maiur?
k EUH guxtei dax cuntrataxoex?
e k aduruh o reyex?

slb é uh maiur!!!!!
guxtei dax cuntrataxoex.
aduruh o reyex a jugar

jAh nAum xEh podEh xEr do xElEbeh?

Lia-se isto num fórum qualquer que para aí anda. Não sei qual é, pois isto foi-me enviado por um amigo, que como eu, ficou aparvalhado com a inteligência desta pessoa, que conseguiu escrever num dialecto derivado do Português (acho eu). Após alguma investigação presumo, apenas, que a mensagem tinha como alvo um selecto grupo, denominado "Pitas". Certamente um grupo terrorista. Não tenho mais informações, mas desconfio que anda para aí uma guerra oculta, baseada em contra-espionagem e léxico atroz. Que outra razão levaria uma pessoa a escrever com tantos h's, x's, u's e maiúsculas no meio das frases, senão para encriptar uma mensagem?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Ui, essa saiu pela culatra

O Playboy era um colega com quem me cruzei no meu percurso académico. Pus-lhe esta alcunha, porque era isso mesmo que ele se considerava.
Ele era aquele gajo que se vestia como um panasca com retenção anal, com as calças de tal maneira enfiadas no rego do cu que chegava às nádegas mais depressa passando o braço por cima do ombro. Era aquele gajo que andava de t-shirt o ano todo e gabava-se disso. As t-shirts eram muito justas, manga muito curta e dia sim, dia não, cor-de-rosa. E usava-as sem medo de ser achincalhado pelos colegas. Basicamente, o vestuário dele era comprado na íntegra numa loja de roupa de mulher que também vende roupa de "homem". Para além disto, era o gajo que "sabia" sempre tudo, melhor do que toda a gente. Na boca dele, claro. Fazia tudo, mas nunca tinha tempo para nada. Lia toda a bibliografia de todas as disciplinas, segundo ele, mas ainda à pouco dizia que tinha passado o dia anterior a fazer surf com búfalos africanos. Mas o melhor mesmo, era quando se punha a falar de sexo, o que fazia com frequência. O falar. O resto não sei e faço questão de o manter assim. "Ah, isto faz-se assim e assado" e "Ah, copular é tão bom, estou sempre a praticar", etc. Dissertava sobre o assunto com tal erudição que uma pessoa quase perdia vontade de o fazer. Falava como se fosse um acto muito asseado. Mais um abraço polido entre duas pessoas. O que pensei logo foi: ou este gajo se acha muito melhor do que é na realidade, ou então é um completo virgem, dado o número de vezes e a altivez com que falava no assunto. Na realidade, acho que se passava um pouco dos dois. Ele até podia agraciar muitas mulheres, mas era virgem no que toca à mentalidade fornicadora. É que ele, pelos vistos, tinha muita técnica. Provavelmente até tinha uma agenda a cumprir, com as técnicas a utilizar, que seguia à risca. E tirava pequenas notas com os aspectos a melhorar, num post-it que mantinha colado no sovaco, durante o abraço polido e asseado. E a retenção anal não ajudava em nada.
Isto tudo mudou quando ele começou a namorar com uma mulher uns 6 ou 7 anos mais velha do que ele. Pelo menos a mentalidade dele ajavardou bastante. Antes do dito namoro, passava uma rapariga de mini-saia. Todos olhavam, excepto ele, que dizia algo do género "Sois uns porcos, assim a olhar". Eu argumentei baseado em dois pontos. Primeiro, eu tenho um pénis, e não uma vagina, como o Playboy tinha. E segundo, muito honestamente, aquela em questão, não era uma mini-saia, era falta de pudor. Se não era para chamar a atenção, e apenas por causa do calor, devia usar uma mini-saia mais larga do que um cinto. Já depois, olhava para uma qualquer mini-saia e aí dizia "Era já de pé contra o balcão do bar, com toda a gente a olhar". Não quero de maneira alguma estar aqui a falar sobre assuntos que desconheço, mas dava a sensação, portanto, que a tal namorada era uma sabidona. Ela é que desflorou a vagina psicológica do Playboy. E acho seguro afirmar, foi aí que a agenda dele foi pelo cano abaixo. Muito provavelmente, ele abordou-a pleno de técnica e ela colocou-lhe a pior pergunta possível a fazer a um homem nestas circunstâncias:

- O que é que estás para aí a fazer??

Então, deu-lhe dois bufardos e disse:

- És tão pequenino e inocente... Senta aí e não te mexas que eu mostro-te como isto se faz.

E depois riu-se.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Exercício de gramática

1. - Ordena as palavras, de forma a formar frases educativas ou guias de vida que não devem ser esquecidos nunca:

1.1 - fixes; Os; são; ninjas.
1.2 - Hotel; metem; Tokio; nojo; Os.
1.3 - Ninja!; O; atraente; é extremamente; e inteligente.
1.4 - sanados; planeta; do; panascas; deviam; Os; ser.
1.5 - Ver; açúcar; com; lesões; córneas; graves; nas; Morangos; provoca.
1.6 - Rambo; filme; é o melhor; O; feito; jamais.
1.7 - Se; amigas; 253123456; é o; número; o meu; tens; boas.
1.8 - O; serve; pedal; isso; de acelerar; para; mesmo.
1.9 - ideias; sem, Já; estou.
1.10 - Obrigado.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

S.O.S.

Alguém me ajude por favor!!! Estou de cama porque pela primeira vez na vida tenho dores de costas, na TV está a dar "Morangos com açúcar" e eu não chego ao comando!!!

Só que xixi é mais fofinho...

Porque é que quando nos queremos referir a algo que nos causa incómodo, reduzimos o seu nome a grunhidos de duas sílabas idênticas? O xixi, o cocó, o pupu, o pipi, a caca são exemplos. Então, se eu ao invés de dizer "urina" disser "xixi", o sol brilha mais alto no céu e as flores crescem mais saudáveis? Se eu disser "fiz cocó no meio da sala porque estava aflitinho", em vez de "evacuei no meio da sala porque estava aborrecido" vou evitar ser considerado um palhaço de primeira e já não sou acusado de javardeira atroz?

domingo, 17 de agosto de 2008

Mas o gajo é padre!

Há uns 10 anos atrás, numa aula de preparação para o crisma, aparece lá o padre da paróquia para falar aos jovens. Devo salientar que ele tem o mesmo jeito para desempenhar essa tarefa do que o Cláudio Ramos para disfarçar que é heterossexual. Ou do que um Koala para fabricar tapetes de Arraiolos. Dizia ele:

- Podíamos ir à picina (sim, sem o "s"), mas eu não quero que aconteça o mesmo que no ano passado...

"Mas senhor padre! O que faziam esses corrompidos jovens que tanto o perturbou?" (perguntei eu mentalmente e a revirar os olhos).

- Estavam lá uns jovens... COMO QUE A FAZER SEXO... E eu vou lá e digo "Tudo à minha frente senão vai já tudo corrido à bolachada..."

"COMO É POSSÍVEL?! Não como que a fazer sexo! Os oceanos que sequem, mas isso é que não!"

Nesta altura, alguém que estava a abafar o riso com muita força mesmo, não aguentou mais e soltou um "f***-se" baixinho mas audível. E o padre ouviu. Pronto, está tudo lixado. Mas então, quando menos se espera, acontece uma reviravolta chocante:

- Quem disse isso?
- Fui eu senhor padre, desculpe, foi sem querer.
- Não senhor! Não tem mal nenhum! Então imaginem, uma pessoa vai-se confessar, chega cá fora e diz f***-se (ouviu-se um "UI!"). Não se vai confessar outra vez! Ora, o que é f***-se? F***-se é, masturbe-se!

A partir desse dia que só digo "Ah, perdi o autocarro, masturbe-se lá o pénis".

Ei, ou! A mim ninguém me mata, c*****o!

Diário de um Macho Latino*


Escrevo esta merda, carago, num rótulo de cerveja. Espero que algum paneleirote que encontre isto aprenda a ser homem, c*****o:

Começamos já por aí! Afinal para que serve o cagueiro? Para cagar! Ora, c******s me f***m, porque é que alguém havia de querer lá meter coisas? No meu nem um supositório metido pela Soraia Chaves entrava, f***-se! Filho meu que dissesse que era paneleiro... Dizia logo "és mesmo um filho da p*** e o teu pai é um abafa croquetes de primeira! Vai ser caga-para-dentro noutra casa!" Homem que é mesmo homem macho a sério, repugna qualquer contacto com outro homem. Um aperto de mão é mais do que suficiente. E as mãos tem que estar sempre livres. Para quê, pergunta o paneleiro que encontrar isto. Eu respondo. A mão esquerda sempre livre, pois é essa que tem a unha do mindinho grande, que serve para limpar o ouvido, coçar as zonas de difícil acesso, palitar os dentes e apertar parafusos. A mão direita tem que estar sempre a cofiar os pêlos do peito, expondo-os para fora da generosamente aberta camisa, cofiar o bigode farto e claro, coçar o saco.
E mais, macho que é macho assim mesmo macho à séria está sempre alerta para deitar o olho às vitelas que passam. E elas que não se façam de esquisitas. O gajedo deseja-me. Elas dizem "Ah! O bigode, que horror! E os pêlos, que homem asqueroso! A tua barriga é enorme, porco!" e até mesmo "Se eu, tu e um macaco fôssemos as últimas pessoas na terra, eu fazia sexo com o macaco!". Mas eu sou um gajo inteligente, e não só extremamente atraente. Eu vejo para além disto. As gajas desdenham-me porque na realidade querem que eu lhes arranhe as pernas com o porco espinho que me faleceu no lábio superior. E querem brincar com a minha... Ai como se chama... Unha, pois. Eu não sou burro. Por isso é que olho para elas com ar guloso, literalmente dando-lhes prazer só com o olhar que lhes lanço. Por brincadeira dizem "És um porco NOJENTO! Sabes o rídiculo que és?! Metes nojo!" mas eu respondo sempre "Eiiii, cabritinha! Anda cá que eu mostro-te o que é ser mulher!". Que na minha opinião é cozinhar, cuidar dos filhos, não me lixar a cabeça e abrir as pernas quando eu quero. E as gajas gostam disso. Então se eu já lhes faço o favor de lhes dar isto tudo que eu sou, acho que não é pedir demais. Ainda fico prejudicado, porque estou a perder vigor que podia usar para comer as vitelas que tem idade para ser minhas filhas. Que acontece mesmo muitas vezes, pois elas não me largam. É a sina de um macho latino como eu, c*****o!
Nesta altura sei exactamente o que estão a pensar. É "Então esse rótulo de cerveja nunca mais acaba? F***-se! É maior do que o teu tronco!". Está mesmo a acabar. Paneleiros rabixolas, convertei-vos! Gajas e vitelas, não vos fazeis de sonsas e abordem-me na rua, eu sou generoso, c*****o! Eu dou-vos aquilo que mais nenhum homem vos dá: muito pêlo para pentear. Só não admito palavrões! E não me lixem a mona por causa da barriga, não percebem que é para apoiar o peso da corrente? Como se não gostassem... Agora tenho que ir porque além de isto estar a acabar, tenho duas quecas para dar, uma mulher para dar umas traulitadas porque o benfas perdeu, f***-se, e umas quantas cervejas com tremoço para emborcar javardamente.

*Aviso prévio: Este diário tem palavrões como merda. Porque eu sou um gajo decente, e que sabe o que "prévio" quer dizer, aviso as pessoas.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Peripécias no aeroporto

Fui buscar a minha namorada ao aeroporto, e a pedido dela levei o seu portátil. A mala do mesmo é uma bolsa... De mulher. Dada a minha fobia, por vós já conhecida, de levar sacas pelas asinhas e muito direitinha, tinha aqui um verdadeiro desafio (Clica-me, se não conheces a fobia). Lá consegui arranjar maneira de não a trazer pelas asas, a muito custo, e sentei-me à espera dela. Com a bolsa ao lado.

- Desculpe, podia-me dizer as horas?
- CLARO QUE ESTA BOLSA NÃO É MINHA! NEM SEI ONDE FOI BUSCAR ESSA IDEIA RIDÍCULA! O QUE É QUE ESTÁ A INSINUAR? MAS NÓS ANDAMOS A COMER DA MESMA PIA OU QUÊ? VÁ ANDOR!

O miúdo lá foi embora, a chorar, e eu fiquei satisfeito pela minha reputação permanecer intacta.
Passado isto, e enquanto espero, começo a lembrar-me daquele mito que envolve as hospedeiras. Supostamente são muito sensuais e fazem muito sexo nas casas de banho do avião. Sexo se calhar até fazem. Mas tendo em conta o que vi, o coitado do homem que se aventurasse tinha que ficar de fora da exígua casa de banho do avião, durante o coito. É que elas não eram lá muito magras. Se calhar apanhei só um dia mau. Com certeza muitas pessoas vão discordar. Mas risquei as hospedeiras das minha fantasias. Quando tinha perdido toda a esperança, lá encontrei uma hospedeira razoavelmente atraente. E vinha a esfregar os cantos da boca. Sim, eu pensei isso mesmo. E também o pensei quando vi uma gaja de metro e meio a receber o namorado, um preto com 2.10m. E quando vi um tipo sem camisa a dar a mão a outro... Olhei imediatamente para o lado, não o fosse pensar também, e soltei um quase audível "f***-se!...". Estava em piloto automático... "É melhor entreter-me com outra coisa qualquer" pensei eu. Como o voo estava atrasado fui dar uma volta. Estou a passar numa porta giratória, quando alguém me prega uma rasteira e me empurra, tentando e conseguindo que eu ficasse preso. Olho para trás...

- Toma! Só queria saber as horas! Maricas, andas com uma bolsa de senhora!
- Mas não, rapazola, espera! Não é minha! Ei! ESTÁS A OUVIR, NÃO É MINHA!

Enquanto me tentava soltar perdi uns minutos...

- Desculpa o atraso! Já cheguei há muito tempo! Foi um puto que me prendeu a cabeça numa porta giratória, quando fui dar uma volta para fugir dos panascas!
- ... Hmmm hmmm... André, não tem mal te teres atrasado sabes?... Não precisas de inventar desculpas, afinal de contas ainda me vieste buscar e tudo.
- Mas mas mas...
- Esquece isso! Trouxeste-me o portátil?
- O port... Aquele miúdo!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Cinda, a terrível barbeira de Bravães Street

O meu pai nasceu na Ponte da Barca, mais concretamente em Bravães. Terra de gente simples, com umas três casas, uma mercearia, um café, uma fonte, muito mato e muitos insectos. Esta pacata terriola não escapa, no entanto, à terrível presença de Cinda Barbeira. Logo a própria alcunha indica que esta mulher é de porte rude, pois afinal quantas mulheres barbeiras existem? Na minha opinião, não mais que três. Existem sim, mulheres cabeleireiras e homens barbeiros. Homens cabeleireiros não existem. Só os larilas. Como tal, também mulheres barbeiras têm que ter características que as diferencie. E esta mulher tinha-as brutalmente visíveis. Andava sempre com o mesmo avental, daqueles tipo robe, sem aparentar ter qualquer peça de roupa por baixo. O horror não acaba aqui no entanto, apesar de já ser em demasia. Sempre descalça, ostentava uns pés que não tinham planta, mas antes uma couraça impenetrável feita de uma pele mais resistente do que aço. A mulher escalava qualquer monte sem precisar de botas e sem ferir os pés. Aliás, o monte é que ficava lixado. Mas o pior mesmo eram os dentes. Os dentes da Cinda Barbeira estavam de tal maneira tortos que quando ela sorria o vento assobiava ao lá passar. Apontavam para a frente, e era impossível não reparar neles. Quando era miúdo, sempre que lá íamos, claro que os meus pais me obrigavam a cumprimentar a velhota, sabendo eu de ante-mão que a primeira coisa que me ia tocar na face era dente. E mais, ela não dava um beijo cordial de cumprimento. Em vez disso contraía os lábios de forma a fazerem um círculo, e aspirava grandes quantidades de ar no momento do contacto, fazendo um barulho idêntico a um apito avariado, daqueles bonecos para cães que chiam quando se apertam. Ora, escusado será dizer que eu temia pela minha vida sempre que tinha que a cumprimentar, devido ao facto de ela se assemelhar bastante a um Dementor, daqueles do Harry Potter. À semelhança do que se passa nos livros, também eu julgava que me iam sugar a alma com aquele "beijo da morte", e também eu me sentia ficar despojado de alegria ou qualquer pensamento feliz quando ela se aproximava.
O discurso face aos meus protestos era sempre o mesmo: "Sabes, ela conhece-me desde miúdo, era muito amiga dos meus pais..." e "André, é falta de educação não cumprimentar a senhora! Vais fazê-lo e acabou!" Mas aquele dente... Punha-me doente (olha, que bela rima).
A injustiça de que era vítima... Eu também fui amigo de infância de muitos montinhos de terra e areia, onde brincava, e nunca obriguei os meus pais a beijá-los.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Mensagem pessoal

À funcionária da Vodafone do Braga Parque que tem a PDM, à empregada lésbica da loja Nokia também no Braga Parque, à besta que hoje me ia dando uma panada porque circulava do lado de dentro da rotunda e não sabe usar os piscas, à vizinha do 2º Direito do prédio da minha namorada, àquela senhora outro dia no Continente, à funcionária do bar do aeroporto, e àquele cão que enxotei para evitar que desse uma mija na roda do meu carro:

Vão ser mal-encarados para o pénis que vos fornique.

Obrigado.

Qual "só grita" qual quê?!

A gente já não fala, sogrita, sogrita!
É sempre a mesma coisa, só fita só fita!
Até nossos amigos já estão a notar,
Que algo se está a passar...
E nem fazemos nada para disfarçar!
A gente já não fala, sogrita, sogrita!

É aquela música popular, ou pimba se preferirem, de uma cantora qualquer, também ela pimba, que agora me escapa o nome. Só sei que é loira, mas isso é o mesmo que dizer "é fácil encontrar a minha casa, é aquela com janelas".
Mas continuando, obviamente que esta letra foi escrita quando ela se cansou da relação lésbica que mantinha com a sogra. Daí ela se queixar à sogrita (nome carinhoso) que já nem falam. Provavelmente porque partem logo para o sexo lésbico e abrutalhado. Ora, é notável que para a cantora isto já não é suficiente. Ela quer uma relação normal. Ela quer carinho. Quer aquilo que o marido não lhe pode dar. Mas acima de tudo, quer aquilo que todas as mulheres mais desejam neste mundo: falar.

domingo, 10 de agosto de 2008

Nexo

Este post não o tem.

sábado, 9 de agosto de 2008

O homem não é deste mundo!

O meu pai tem um sensor. Desde que sou miúdo, ele está programado para que, no segundo em que haja uma cena de nudez qualquer na TV, ele entre de rompante no quarto. Não falha. Por mais breve que seja a cena, ele está lá.
Estou a ver um filme qualquer. Tudo extremamente inocente, com dois homens a falar sobre as vantagens do celibato. Desvio o olhar para o ver entrar e quando olho de novo os dois homens estão numa orgia com seis prostitutas vietnamitas, uma cadeira e uma sandes mista.
A reacção dele é sempre a mesma. Grunhe, fica vermelho, olha para mim, olha para a TV de novo, olha para o chão, semi-cerra os olhos, clareia a voz e pergunta baixinho "Este filme é para que idade?".
Nem que eu estivesse a ver o Batatoon. No segundo em que ele entrar no quarto, a Mimi "apita aqui" está a ser violada por dois chimpazés e o Companhia já jaz de gatas, com o Batatinha por trás a buzinar no nariz e a agarra-lo pelos totós, enquanto grita "agora já sabes porque me chamo Batatinha".
É caso para dizer "comando na mão e carrega no botão", mas rápido, antes do teu pai entrar no quarto.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Mas...

A música "Sei-te de cor" de Paulo Gonzo, a dada altura versa:

Numa palavra diria
Sei-te de cor

Pois. Exactamente.

Suicide Hot-Line

- Estou sim? É da linha de apoio ao suicida?
- É sim, boa tarde! Em que posso ajudar?
- Olhe, estou a pensar cometer suicídio... Há alguma coisa que possa dizer para me ajudar?
- Onde se encontra neste momento?
- Em casa.
- Qual é a morada?
- É ali para os lados de Gualtar.
- Certo. Nesse caso sugiro que se atire de um prédio alto, a esta hora há pouco trânsito.
- Hmmm, não sei não... É que para ser franco eu menti. Não queria dar a minha morada verdadeira, no caso de você pensar que eu sou algum falhado.
- Connosco pode estar à vontade, sabemos que muita gente comete suicídio apenas por lazer.
- Ok ok, peço desculpa. Então que me sugere? Eu moro no meio dum monte.
- Nesse caso tome uma sobre dosagem de comprimidos. Indolor e vão demorar semanas até sentir a sua falta.
- Ah não, vão-me encontrar depressa. Moro com a minha família, sou uma pessoa muito feliz. Ainda ontem o mais novo me disse que quando for grande quer ser como eu.
- São tão fofinhos nessa idade...
- É... Pronto, muito obrigado pela assistência.
- Antes de desligar, posso interessa-lo na nossa promoção de chamadas gratuitas para a nossa linha de apoio na Conchichina? Sabe, para o caso de lhe apetecer cometer suicídio outra vez.
- Sim... Ok, até vem a calhar. Mas porquê a Conchichina?
- A taxa de suicídio lá é quase nula! Temos que dar trabalho aos nossos empregados! Estamos em crise meu amigo, ai estamos sim... Com estes impostos sobre o suicídio por diversão... Vão buscar dinheiro a todo o lado onde podem. Quando pegou a moda veio logo imposto.
- Pois... Eu fui às finanças, paguei logo para três tentativas. No caso de me apetecer repetir ou algum membro da minha família também querer exprimentar.
- Claro, mal não faz.

*Troca de dados, relativos à promoção*

- Pronto é tudo. Obrigado e boa morte.
- Obrigado, até à próxima.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O Teclado - Amigo indispensável ou piada cruel?

Já vos aconteceu com certeza, por vezes o dedo não acertar na tecla certa, mas na do lado.
Expliquem-me então o porquê da tão conveniente localização dessas mesmas teclas. Passo a demonstrar:

-Quero escrever "Próximo". Se me engano, acabo a escrever "Prócimo", pois o x e o c estão juntos. Coincidência? Não me parece. Resultado, somos identificados na rua como "Hei! Lá vai o burro que não sabe que próximo é com x! Que estúpido!"
Senão repare o extremamente inteligente leitor, se fosse outra letra qualquer, por exemplo o h, já toda a gente presumia que era um erro honesto e não o resultado de um léxico atroz.

O mesmo se passa com mais exemplos:

-Quero perguntar à minha namorada se quer ir dar uma volta. Carinhosamente, chamo-lhe Fofa. Eis o resultado: "Hei, Foda linda, queres ir dar uma volta?"

-Estou a preparar um Power Point para uma aula, em que falo de Pítias: "O Pútias era o avô de Alexandre, o Grande." Obviamente já imagina o muito agradável leitor, a desordem que este erro iria provocar numa sala cheia de miúdos do 7º ano.

-Estou a ter uma conversa inocente com um amigo no messenger, sobre a minha aula de equitação, sem saber que está a ser monotorizada pela P.J.: "E então, montei o xavalo..." Notícias das 20h: "Foi preso mais um suspeito de envolvimento no processo Casa Pia. Este suspeito é extremamente atraente e em nada se assemelha ao perfil de um molestador de menores. Antes de ser capturado apenas declarou: "Não era um xavalo, era um cavalo!" Mesmo que se livre da acusação de pedófila, enfrentará ainda uma outra acusação por violação de animais."

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Fiz uma mulher estremecer sem lhe tocar

Estava no Centro Comercial Braga Parque. De repente a minha namorada diz (e alto devido à emoção) "Aquela loja está com SALDOS!" Posto isto acelera o passo, e quase começa a correr mesmo. Convém nesta altura salientar que aquilo estava quase deserto por ser hora de almoço, e dentro da loja estavam três pessoas, duas delas empregadas da mesma. Face a isto pergunto inocentemente "Olha, vais a correr porquê? Aquilo está vazio e o shopping idem." Neste momento ela estaca, olha para mim com uma cara de repugnância mas ao mesmo tempo de profunda piedade pela minha lentidão de raciocínio, dá dois passos atrás não fosse aquilo ser contagioso, e afirma com o tom de quem responde ao comentário mais IDIOTA do universo:

- André... São saldos...

Malhar em ferro frio

Muitas pessoas que me tem dito "Oh André, não achas que já és um bocado crescido para ainda andares com esta coisa dos ninjas?". A essas pessoas respondo sempre "Oh pai, deixa-me em paz! Os ninjas são só uma metáfora! Volta lá para a sala ver TV, enquanto eu fico aqui a colorir os meus livros."

Também outras pessoas me têm perguntado "És um ninja verdadeiro? Mostras-me a tua espada?". Da mesma forma, a essas pessoas invariavelmente respondo "Oh Cláudio Ramos, tira lá o cavalinho da chuva e desampara a loja, que eu fico mesmo muito desconfortável quando me encontro no mesmo quilómetro quadrado que tu."

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Não me matem, dá mau Karma!

Diário de um hippie:

Querida folha de plátano que foste caridosamente gerada pela Mãe Natureza, na qual agora vou escrever e a seguir fumar:

Hoje o dia correu bem. Fumei, assim, tipo, 200 charros, mas era tudo com fins medicinais man. A autoridade estabelecida é que não compreende isso, e por isso eu a questiono. Hahaha, autoridade, parece-se muito com pilosidade, hahaha! Ah man, já estou a bater mal de tanto me rir, esta foi mesmo engraçada... Agora tenho que recuperar o fôlego. Hoje a Jessica disse-me "Man, tens que deixar de fumar tantas brocas", mas tipo, isso é mau karma man. Isto é tudo dado pela Mãe, porquê que não usufruir livremente do que ela me dá? Além disso, vejo tudo de forma muito mais clara e fluída. Por exemplo, hoje descobri, ao fim de fumar uns 100 cacetes, que afinal não sou um drogado pseudo-intelectual que cheira a couves e a chá de camomila que faz nenhum. Sou antes um militante a favor da paz (que será atingida através da total inércia), com a tarefa de fumar, vaguear, fazer sexo com árvores e bater o recorde mundial do maior número de dias sem tomar banho ou manifestar qualquer outro tipo de forma de higiene.
Agora tenho que ir. A Mãe vai-me apresentar a um arbusto, e quero ver se o consigo levar para o saco-cama para lhe fazer cócegas nas folhas e lamber-lhe o caule.
Interfiram o menos possível com toda a gente. Quanto mais se interfere pior é o Karma, man. Eles que resolvam os problemas deles, eu já tenho os meus.

Peace out!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pedaço de lixo inútil

Acabo de lavar as mãos numa casa de banho pública. Tenho que as secar. Neste momento, surge a muito importante escolha (quando a há), que nos distingue dos animais irracionais: gasto o equivalente a 1 hectare de floresta, e limpo as mãos aos toalhetes de papel, que se rasga todo mal tocamos nele e acabamos por o arrancar aos bocados não maiores que 3cms? Ou opto por parecer um deficiente mental a acariciar o seu amigo imaginário, enquanto tento descobrir o exacto milímetro quadrado em que tenho que posicionar as mãos, de forma a activar a porra do secador automático?
Ambas as hipóteses são verossímeis, mas existem prós e contras, e um ninja treinado consegue deslindar os meandros ardilosos que encerra toda a estrutura que é o WC. Optando pelos toalhetes, demoro 5 minutos a conseguir tirar papel suficiente para secar ligeiramente a ponta dos dedos. Assim, progressivamente, vou diminuindo o tempo da recolha do papel, potenciando a desumidificação das falangetas. Com treino, sou gajo para demorar apenas 20 minutos a secar as mãos desta forma. A outra opção é então o secador automático. Funciona. Não funciona. Alto, funciona. Olha, avariou. Não espera, já está a dar... Ah agora acert... Já não dá de novo. Talvez se abanar muito as mãos descubra o ponto milimetricamente exacto e... Cá está. Só não posso mexer as mãos agora! Finalmente! Oh, deixou de dar de novo. Talvez se tapar o sensor... Agora não funciona de todo... Sinceramente, e falando por mim, os secadores são um monte de trampa estúpido, colado na parede, que juro parecer estar a gozar comigo. Gostam de frustrar as minhas expectativas mais elevadas, que naquele momento passam todas por secar as mãos. Não fosse por uma data de razões éticas e morais, tinha espezinhado um dos muitos. Mas definitivamente que nunca fiz isso. Muito menos num shopping, no dia 24 de Julho do ano transacto, pelas 15:37h.
Resumindo, papel = medíocre; secador = pedaço de vil tecnologia, vomitado pelo diabo para atormentar a humanidade. A melhor opção ainda é chapinar o espelho, limpar ao rabo das calças, e meter as mãos nos bolsos para um secagem perfeita. Mas isso era deixar o diabo ganhar, portanto, nem pensar. Tão definitivo como o espezinhamento, eu nunca desesperei a esse ponto.

sábado, 2 de agosto de 2008

É sempre a mesma coisa

Vou ao WC, regulo a temperatura da água, vou buscar as toalhas, dispo-me, entro na banheira, molho uma perna, e ENTÃO é que me dá vontade de mijar.

Atira-te de uma vez...

Eis a letra de uma música dos Tokio Hotel, na qual tropecei outro dia (apanhei uns segundos de MTV durante um zapping), e que me deu uma ideazinha para um outro post que vou fazer depois:

Please don't jump
Don't jump
And if all that can't hold you back
I'll jump for you

Ora então, vamos recapitular: Uma rapariga tem problemas dos grandes e quer-se atirar de um prédio abaixo. Como está num clip de Tokio Hotel, provavelmente teve um contencioso com o irmão mais velho, após ele lhe ter dito que desgostava ligeiramente da maneira como ela hoje tinha arranjado a franja. O cabeça de texugo lá aparece e diz não saltes, eu até peço com jeitinho. Mas se MESMO ASSIM (depois de eu ter pedido por favor) queres saltar, não faças isso, eu salto por ti. Sim. Ele(a) saltando em vez dela resolve-lhe os problemas todos. Aliás, é como se não tivessem existido. A franja penteia-se, o namorado que pinta as unhas de preto regressa, os pais até concordam que ela ande com coleiras de cão no pescoço. Pois. Lamento informar, mas não resolve nada. E vai daí não sei. A imagem mental de ver o "amigdalites" a esborrachar-se na sarjeta... Nem me está a parecer atroz de todo.

Vejamos a opinião dele:

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Estás a irritar-me solenemente...

O que é isto?! Como se irrita de forma solene? Contrata-se um monge para andar de turíbulo a espalhar incenso à volta da pessoa, dizendo vezes sem conta: "Falta muito para chegar? Falta muito para chegar? Falta muito para chegar? Falta muito para chegar? Falta muito para chegar? Falta muito para chegar? Falta muito para chegar?..." enquanto um coro de canto gregoriano canta em mongol músicas do Bryan Adams?

P.S.: Sim, é com Y, fui confirmar. O tipo tem a PDM, de certeza.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Missão Ninja: identificar parvalheira atroz

Eh lá, isto não se faz. É concorrência desleal.


O QUÊ?!? Esta escola de condução não é como as outras, que só dão a carta.


Quero que o meu filho seja bom aluno, mas nem tanto. Razoável chega.


Finalmente, álcool com o efeito contrário. É travesso o homem...


Então... E as p****, não podemos levar? E que confiança é esta?


Algumas fotos estão com qualidade medíocre, pelo que peço desculpa. Foram tiradas com telemóvel e já com pessoas a olhar para mim pensando que eu era algum turista, deleitado com varandas, montras, paredes ou barracas. O que me faz pensar, como é que será que o dono da barraca a montou? Deve ter regado a estrutura com licor. Mas do bom.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Pronto, agora é que a fiz bonita...

Nunca digam a uma mulher, se for daquelas namoradas ou esposas com feitiosinho, o seguinte:

- Ena, aquela rapariga/mulher parecia mesmo tu, ao longe.

A partir deste momento, a situação não pode senão piorar. Não interessa o que digam ou façam, o caldo já está entornado. E não interessa também o aspecto verdadeiro da "sósia", seja ela um monumento ou um texugo. Quando ela passar, a mulher vai tirar uma, ou mais, destas conclusões, "já que aquele palerma não viu logo que aquela rameira não podia ser eu":
1ª - ele quer-me passar uma indirecta qualquer acerca do meu corpo, ou da minha roupa, ou do meu aspecto, ou da forma como me maquilho.
2ª - É tão cego como um chimpanzé daltónico vendado, dentro de um caixote.
3ª - É tão inteligente como uma ratazana embriagada, a quem acabaram de realizar uma lobotomia que correu muito mal.

Segue-se o típico diálogo:

- Então aquela é parecida comigo...
- Oh, não estava a dizer por mal, pareceu-me só...
- Portanto ao longe eu pareço uma prostituta meia manca, com a postura de quem não passa uma única noite sozinha.
- Prostituta meia manc... Mas prostituta porquê? Eu só disse que me pareceste tu ao longe...
- Tu querias era que eu fosse assim, com as mamas maiores! E que andasse por aí a abanar-me toda! Flausina... E tu és um porco!
- ?!?!... Mas a outra com quem te confundi pesava 220 Kg, usava óculos, tinha muito acne, babava-se e nem sei como se consegue mexer...
- O QUE É QUE QUERES DIZER COM ISSO?!!?
- NADA! Não quero dizer nada! Eu vi-a MESMO DE MUITO longe, e o cabelo dela parecia o te...
- Mas o que é que tem o meu cabelo??! AGORA QUERES QUE LHE APLIQUE SEBO TODOS OS DIAS?! É ASSIM QUE GOSTAS DAS MULHERES? E QUERES ACNE? GOSTAS DE ACNE, É??!
- Claro que não gosto de acne! Não sou nenhum tarado com um fetish por problemas de pele!... Repugnante!

Pausa, com troca de olhares gélida

- MAS ISTO NÃO QUER DIZER QUE EU TENHA ALGUM PROBLEMA COM A IRRITAÇÃO QUE TENS NOS PÉS! Oh não...
- Sabes, metes-me nojo! Sorte a minha, que fui arranjar um homem com todos os gracejos sociais de um pénis de babuíno. Portanto para ti, as mulheres assim mesmo à maneira tem que ser obesas, desgrenhadas, sebosas e com acne?!
- Não, claro que não! Que estupidez! Não te esqueças dos óculos!
- GRANDE PORCO!
- Não era isso que queria dizer! Era uma piada!Eu gosto de ti, está bem? Tal e qual és! Apenas aconteceu que, MUITO ao longe, a cor do cabelo dela me pareceu o teu! Não queria que fosses em nada igual aquela! És mil vezes melhor, em todos os aspectos!
- Ah sim? Já que sou tão maravilhosa, porque é que ainda não me pediste em casamento então?...

Espero que aquele casal do shopping nunca chegue a ler isto. Por outras palavras, sim, isto foi baseado (um pouco) num acontecimento verídico. Foi lindo.