sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Uma escolha nada difícil

Recebi um e-mail de publicidade de uma revista de roupa, que dizia o seguinte:

"DORA OU SPIDERMAN, escolha já o herói preferido das Crianças!"

Ora, eu não sei quem é a Dora, mas o Spiderman obviamente que a bate aos pontos. Mas vamos fazer uma análise rápida, para depois não me virem outra vez chamar suíno chauvinista:

O Spiderman é homem, já leva vantagem à partida. E apesar de se fazer de coninhas de sabonete enquanto Peter Parker, quando está a combater os vilões no seu pijama vermelho e azul, nunca os apuros são demasiados que o impeçam de fazer um comentário sarcástico e irónico ao seu adversário. É que parece que não, mas desmoraliza. E ele dá cabo deles todos, apesar de serem mais fortes do que ele. Ou seja, quando veste o fato é um macho à séria, apesar de parecer um agente da Brigada Fabulosa (Gays). Já para não falar que dispara aquela gosma dos braços que se assemelha a teia, balanceia-se de prédio em prédio, tem uma agilidade e força desumana, e só não acasala com as fêmeas todas que lhe apetecer porque não quer (besta). Tem sentimentos pela Mary Jane, que provavelmente já lhe pôs os cornos com todas as personagens da Marvel. Mas adiante, ao menos afinfa onde deve.

Já a Dora, seja quem for, é mulher. Parte logo em desvantagem. Quais são os seus super-poderes? Não sei... Deve ser a super-culinária ou assim. Ganha é com certeza na escolha do disfarce, afinal de contas é mulher. Só que facilmente é derrotada, bastando para isso fazer um comentário foleiro sobre a sua indumentária. É o seu ponto fraco. Questionar aquela escolha de capa, a cor das suas super-botas ou da sua super-bolsa é fatal para a Dora. No entanto, durante o período de uma semana em cada mês, a Dora torna-se indestrutível, e devasta tudo por onde passa. Mas como disse no início, é mulher, e uma semana de combate ao crime eficaz, contra as quatro semanas sem parar do Spiderman a meter mauzões na cadeia, lamento mas não é suficiente.

Por isso, de entre os dois, o Spiderman é sem dúvida o herói preferido desta criança.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Consultório Amoroso #3

Cá vai mais uma:

Sr. Ninja,

Tenho acompanhado o que escreve, e reparei que já se pronunciou bastante vezes acerca da paneleiragem. Por isso, queria perguntar o seguinte:
se minha ex-namorada me diz que sou um paneleiro; se o meu pai me diz que sou um abafa-nabos de primeira; se a minha mãe clama em público que comparar-me aos tipos do Esquadrão G é o mesmo que comparar o Bambi ao Rambo; se os meus colegas me dizem que mais depressa se descobre vida em Plutão do que me encontrar sem estar de joelhos ou debruçado e com as calças em baixo; e se aquele padeiro maricão todos os dias de manhã me pergunta "então, é hoje que vai experimentar do meu cacete, ou vai continuar a fingir que não gosta?", isso faz mesmo de mim um larilas abichanado e descontrolado? Daqueles que vai para um ginásio só para ver homens suados a despirem-se e a lavaram-se, e depois vai para casa masturbar-se para os modelos da secção de roupa masculina de um catálogo da Fabio Lucci. Serei mesmo um defecador no sentido inverso? Estou com dúvidas. Já é tanta gente a afirmar! E eu que nem sequer gosto do tipo de massa do cacete... Não compreendo, estou confuso e com vontade de me sentar no colo de um homem.

Resposta:

Caro leitor(a)*:

Normalmente diria para, educadamente, mandar toda essa gente à meretriz que eventualmente os deu à luz. Mas tendo em conta que esta carta foi-me entregue por um carteiro musculado, de uniforme justo, curto e cor-de-rosa, montado numa lambreta cor amarelo-peido, com fitinhas nas rodas, pom-pons nos punhos e uma buzina em forma de testículos que quando apertados tocavam uma música do CD do Castelo Branco e esguichavam perfume, devo informa-lo que sim. De facto, o leitor é o maior picolho, maricas, paneleiro, abafa-cenouras, larilas, panão, homossexual, bicha, rabicholas panasca, e roto que alguma vez pisou este planeta. Bom, o maior não sei, mas definitivamente está no Top 10. Espero não ter sido ambíguo na minha resposta. É que se o leitor duvida nem que seja por um segundo que é paneleiro, obviamente já o é.

Nunca mais me volte a escrever por favor,

Ninja!

*Peço que me desculpe, não escrevi leitor(a) para lhe mandar uma indirecta. O meu Backspace é que se avariou e então não pude corrigir. Honestamente. Isto não é um sarcasmo de todo. E não, o meu backspace não é o meu esfíncter. Não se ponha com ideias.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Teoria da Beta

Chama-se versão beta de um programa, a um que ainda não está definitivamente terminado e com os erros de programação devidamente corrigidos. Tudo bem. Mas ela é beta porquê? Usa só argolas grandes, sapatos de vela e chora muito quando lhe dizem que tirou apenas um "Bom +" num teste? Nunca viu um pénis na vida e repudia todo o contacto visual que eventualmente possa ter com um, seja na TV ou nas revistas, gritando "Ah que horroooooor!"?
E quando nos informam que o programa entrou em fase de beta testing, que testes fazem à beta? Constatam se ela se consegue aguentar e abster de dar uma opinião, se o seu utilizador não usa roupa a condizer? Metem-lhe à frente o Sr. Carrapeto, que mora em Trás-os-Montes, para ver se ela não o repudia e lhe diz "Que horror, você cheira a povo."? Ou o beta testing consiste apenas em atirar testos à cabeça da beta?
Meditemos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O surf habita em todos nós, mas nuns mais do que noutros

Teria uns 5 ou 6 anos, e meti na cabeça que queria surfar. O culpado foi um programa, que ironicamente falava de surfistas que tinham morrido porque levaram com a prancha na cabeça com a força do mar, perderam os sentidos e afogaram-se. Claro que não ia pedir uma prancha aos meus pais, era muito pequeno e não havia para o meu tamanho. Por isso construí eu mesmo uma. Em esferovite. A primeira tentativa não saiu bem pois descobri que a cola tem um efeito algo corrosivo em contacto com o esferovite. Tive então que mudar a matéria-prima para fita-cola. Eu já explico. A prancha era composta por uma tábua com cerca de 1 metro de comprimento e 30cms de largura. À frente cortei-a em forma de V, era o mais próximo que conseguia. A cola, e depois a fita cola eram para segurar a "barbatana" da prancha atrás (digam lá se já não pensava em tudo). Ora, mas como obviamente eu sou muito hardcore, também a prancha tinha que ser. Adoptei os símbolos que para mim representavam ser um bad-beach-surfer-hardcore-sexy-boy. Têm que ter em conta que isto foi há uns anos valentes atrás. Consistiam numa caveira, um tubarão, as tartarugas ninjas e o símbolo dos G-I Joe. Tudo por mim desenhado e colorido, com marcadores Molin.
Em casa fui treinando em frente ao espelho, a imaginar-me a rasgar ondas de 10m de altura como quem come uma torrada. Quando finalmente fui à praia, lá meto eu a prancha debaixo do braço e avanço para o mar "cheio de estilo". Passo por umas mulheres que olham para mim, apontam, cochicham e riem-se. "Já está a dar resultado isto de ser surfista. Aquelas já estão malucas." pensei eu. Mal entro no mar, não tive nem tempo de pôr a prancha na água. Uma onda daquelas leva-me aos trambolhões de volta para a costa. Lembro-me de tudo o que pensei desde que vi a onda até chegar à margem com 2Kgs de areia nos calções:
"Ei, esta onda é que vem mesmo a calhar! Cá vai disto... Ups, é mais forte do que pensava... A prancha já era, partida em dois... Ui, que é isto que me acertou na cabeça?! Deve ser a prancha, o programa bem que avisou! Não faz mal, vou nadar!"
E eu nadei. De facto, nadei tanto que nem reparei que estava era a dar braçadas completamente em seco, na areia, aos pés de uma velhota simpática. Velhota essa que tinha acabado de ter as pernas atropeladas pela minha cabeça. Afinal não, não era a prancha. Mas eu ainda não me tinha apercebido, e esbracejava como se o José Castelo Branco me tivesse perguntado se eu queria um "docinho" e eu não tivesse outra fuga que não remar às braçadas pela areia fora. Ela manteve-se calma. Eu parecia uma misturadora eléctrica descontrolada. Ao fim de uns 20 segundos, e porque eu ainda persistia em nadar na areia aos seus pés, ela pergunta-me a sorrir:
- Estás bem, filho?
Meio indignado, eu respondo:
- Então, claro que sim! Eu sei nadar!

Obrigado, minha cara e incógnita senhora, por não ter irrompido em gargalhadas desbragadas perante um espectáculo que só compreendi ser tão hilariantemente patético muitos anos depois.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sabedoria javardolas

Duas mulheres.
Uma levanta-se as 7h da manhã, apanha o autocarro a horas, e ao chegar ao trabalho, passa pelo homem da vida dela. Falam-se, e não perdendo mais tempo, fazem a cópula como dois mamutes que passaram quatro anos de férias no "Campo celibatário para animais pré-históricos com chifres" e acabaram de regressar. Dois anos depois estão casados e nunca o "Campo celibatário" pareceu uma ideia mais ridícula.
A outra mulher, naquele mesmo dia, levantous-se às 9h. Perdeu o autocarro e teve que aguentar na paragem, durante 2h seguidas, um ucraniano embriagado a cantar "Eu tenho dois amores" de Marco Paulo, enquanto um míudo berrava em plenos pulmões e a chuva caía como se alguém no Céu tivesse puxado o autoclismo a uma sanita celestial gigante. Chega ao trabalho atrasada e o chefe quer vê-la, para lhe dar o raspanete. Ela tenta seduzi-lo e é despedida porque "tu és uma p**a e eu um paneleiro!", diz o chefe. À noite tem um encontro, mas corre mal e ela não faz sexo absolutamente nenhum.

Moral da história: A "pássara" madrugadora é que apanha a "minhoca".

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O Destino caga-me em cima de novo

O cheiro era intolerável. Era um fedor nauseabundo, digno do ambi-pur de Lúcifer. Equivalente a seis estábulos atolados em bosta, ou uns dez campos recentemente adubados com muito estrume. Até acho que era isso mesmo. Cáustico para as narinas, corrosivo para as pestanas dos olhos. Olhos esses que lacrimejavam como se tivesse ido dar um mergulho numa piscina de sumo de cebola. O cheiro era completamente, insuportavelmente atroz. E mesmo assim não consegui reprimir aquele enorme bocejo.

domingo, 7 de setembro de 2008

Quem diz que o romantismo morreu?!

- Amor... Olha-me nos olhos...
- Estou a olhar. O que têm?
- Olha-me bem fundo nos olhos... Chega-te bem perto de mim... Olha-os profunda e demoradamente... Então, diz-me o que vês...
- Bom, estrábica não és.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Consultório Amoroso #2

Mais uma carta aleatória, das inúmeras que recebi. Por inúmeras entenda-se nenhuma.

Caro Ninja!:

Antes de mais deixe-me dizer-lhe que adoro o que escreve. É de tal maneira soberbo que se um dia alguém descobrir a cura para o pior flagelo da humanidade, será indubitavelmente o Ninja! Obviamente estou a falar da impotência. Para a SIDA não há pressa.
Agora o meu problema: Sou incapaz de ter um orgasmo sem me dar uma vontade incontrolável de defecar. Posso estar a jejuar há um mês. Posso até ter removido cirurgicamente os intestinos. Na hora do esguicho tenho que arrear a giga. O que sucede sempre: estou a martelar numa venezuelana ou numa boneca insuflável chinesa e no momento... Bom... De dar continuidade à espécie, saio a correr para a sanita enquanto grito "Marlene, foste de longe a melhor queca da semana, mas agora tenho que ir obrar", e acabo sentado a fazer força, pés na parede e a berrar "sim, sim, oh sim", enquanto seguro papel higiénico e o meu canário me debica um olho. O barulho também é incómodo. De facto, é de tal ordem que quando volto a mulher ficou tão perturbada que já decepou as mãos e juntou-se a uma seita que adora um deus-mexilhão. Fui aconselhado a comer arame, plástico, fiambre e milho seco, mas não deu grande resultado para além de ter evacuado uma gaiola para hamsters. Agradecia a sua ajuda, pois isto tem-me causado algum transtorno. Até a boneca já pensa em me deixar.

Resposta:

Nada mais fácil, caro malcheiroso e mesmo muito estranho com quem nunca me quero cruzar na rua, e talvez sociopata leitor:
- leva um penico para o leito e faz a cópula sentado nele, alegando que melhora a sua performance sexual (o que até certo ponto é verdade);
- lê o blog do Cláudio Ramos. É garantido que fica de tal maneira obstipado que fica sem cagar durante um mês.

Sinceramente e pela primeira e última vez,

Ninja!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Num mundo em que diriamos o que pensamos

Vaca (Orientadora de Estágio): André você tem que melhorar as suas aulas. Nomeadamente na gestão do tempo. Ficaram por dar 0,36 páginas do manual. Apesar de as poder dar na próxima aula em 2 minutos. E vou ignorar todos os outros pormenores da sua aula (que correu maravilhosamente bem), apesar de ter trabalhado como um animal de carga do séc. X a.C., num dia em que metade dos escravos estavam de baixa com diarreia.

André: Azar do c*****o sua vaca estúpida! Estou farto que me critiques por coisitas de merda e depois vás a seguir fazer igual porque até gostaste! Não vou mudar merda nenhuma nem tenho de capitular às tuas ridículas exigências! Se o teu marido não fosse um panão e te afinfasse onde devia até peidavas raios de sol em vez de vires com cara de quem tem um abeto a sair-lhe pelo recto. Rinoceronte...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

É um sinal do Apocalipse

Uma mulher atraente, nos seus trintas, muito produzida, decote enorme e a bambolear-se passa por um miúdo de 11, 12... Talvez 13 anos NO MÁXIMO. A mulher obviamente era uma matrona ultra-experiente no sexo. O miúdo ainda com dentição de leite. Quando ela passa, o seu comentário não se faz esperar:

-Hei... Que foda que era...

Sim.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Teoria das mamas

Esta minha "Teoria das mamas" consiste no seguinte: se um filme, que há partida já temos dúvida se será bom ou mau, exibir mamas ao léu nos primeiros cinco minutos de duração, o filme será tão bom como o conteúdo de uma retrete de um lar de idosos. Podem apostar a vossa vida nisso.
Passo a exemplificar:
Uma gaja aparece logo no início de um filme, com uns calções que quase desaparecem no rego das nádegas, e uma t-shirt que quase não consegue tapar os seus massivos seios. Como se os mesmos tivessem medo do escuro, ou assim. De repente e só porque lhe apetece, começa a tirar a roupa e vai nadar num rio só de fio-dental, mas não sem antes se exibir e abanar tanto que até um doente de Parkinson tem dificuldade em acompanhar. Meus caríssimos leitores, o filme será uma merda. "Como?! Isto não podia ter começado da melhor maneira!" Dizem os homens. "Este André é sempre o mesmo porco badalhoco!" dizem as poucas mulheres que ainda lêem este blog. "Mamas à mostra?! Que NOOOJOOO!" dizem os leitores panascas.
Na realidade, podem acreditar que a médio/curto prazo, não vão valer a pena aqueles 5 minutos de nudez. Se o filme tem que colmatar a sua falta de conteúdo, enredo e orçamento com mamas de fazer inveja à fábrica de silicone de Estarreja, o resto do filme será tão atroz quanto possam imaginar. Sei do que falo, já passei por essa situação incontáveis vezes. Para fazer render o peixe, vejam a cena de nudez umas 20 vezes. Sempre é melhor do que nada, e se o filme foi alugado, sempre dá para não nos acharmos uns completos idiotas. Menos os paneleiros, esses não tem hipótese, claro. E as mulheres? Já tiveram a inteligência de desligar o leitor de DVD há muito e foram fazer coisas que gostam mais. Aspirar e assim.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Quando a pergunta é estúpida...

Mais uma vez gostaria de dar início a um momento educativo, que certamente será de "grande" utilidade para o leitor. Ênfase no grande. Era um sarcasmo.
Podemos a qualquer altura nos deparar com perguntas que não merecem resposta, feitas por pessoas com laivos de megalomania humorística. Para estarmos preparados, eu proponho outro tipo de resposta. Passo a exemplificar, fazendo uso da minha imaginação:

Cretino com a mania que é engraçado: Desculpe, podia-me indicar a estrada para a América? Daqui do Carregal não sei...

Qualquer pessoa com resposta à altura: Sim, claro. Segue sempre esta rua até à P**a Que o Pariu. Lá na P**a vai encontrar um entroncamento, onde vai poder virar à esquerda ou à direita. Não vire à esquerda, vire à direita. Preste atenção nessa rua, tem que passar por três placas a dizer "Você têm a inteligência de um penico", e só então é que vira para cima. Mesmo cima, em direcção ao céu. Sempre a direito a subir. Depois desce de novo. Continua sempre depois, até se cansar de andar em frente. Nessa altura vire à direita de novo. Ou à esquerda, tanto faz. Quando chegar ao C****o Que o F**a, já está perto. Ande em círculos durante uns vinte minutos, e depois siga por uma rua estreita, ou não, até chegar a um sítio qualquer, em que o fedor a estrume lhe vai parecer perfume, comparado com o seu próprio odor corporal. Aí pergunte por um Aterro Sanitário. Quando o encontrar, chegou à América.