sábado, 27 de junho de 2009

Pénis para que te quero

Acho que os homens, por natureza, são mais imaturos que as mulheres. Digo isto porque, primeiro, as mulheres que lêem este blogue ficaram já de "papo-cheio", e convém agradar à clientela. E segundo, porque apesar de serem mais imaturos, são também mais divertidos.
Tudo começa à nascença. Às meninas é dada uma vagina que, até entrar em actividade, é enfadonha. É claro que mais tarde se torna num parque de diversões muito concorrido, mas eu refiro-me à infância. Os rapazes nascem e crescem agarrados a um pénis. Mal acaba o parto, já temos uma mão na boca e outra nos tomates. À saída do ventre provavelmente já os vinhamos a coçar e já demos umas tapas nos rabos das enfermeiras.

E a diversão começa na casa-de-banho. O simples de facto de podermos apontar é a galhofa generalizada. Crescemos a fazer concursos sobre quem mija de mais longe da sanita e fazemos lutas de espadas com o jacto de urina. Enquanto fazemos efeitos sonoros verbais, imitando os sabres-de-luz de Star Wars. Já as meninas, fazem o quê? Nada, lamento. Queixam-se da esterqueira que os irmãos deixaram na sanita depois de irem lá dar uma mija com os amigos.
Exactamente, eu estabeleço uma ponte entre a nossa melhor capacidade de diversão com o nosso pénis. E isto vai-se repercutir no futuro de cada um dos sexos.
Daí que, por exemplo, eu nunca destranque o carro sem antes gritar "Power Extreme", enquanto adopto uma power-stance imitando o He-Man: pernas abertas, braço no ar. Só que em vez de uma espada tenho a chave do carro e em vez de ficar com armaduras quiméricas fico só com mais estilo.
Claro que a minha namorada não entende. E apesar de ter aguentado olimpicamente, com riso, as primeiras manifestações, agora só revira os olhos e suspira enquanto leva a mão à testa. Isto porque, claro, ela nunca teve mais nada com que se entreter do que com uma vagina, durante a infância. Porque convenhamos que imitar o He-Man e gritar o mesmo que os Centurions (desenho-animado da minha infância que via agarrado ao pénis) sistematicamente é, no mínimo, fora-de-série.

Querem mais exemplos? Como não estavam aqui quando escrevi isto, vou assumir que a resposta seria "Quem és tu, e que estou a fazer no teu quarto?!". Ignorando isto, vou dar mais exemplos.
Um homem, sempre que é incumbido de uma tarefa seja ela qual for, está perante uma missão de alto-risco a cumprir. Vou de novo dar um exemplo pessoal: a minha namorada pede-me para ir buscar a bolsa dela ao carro. A primeira coisa que faço é ir imediatamente comprar uns walkie-talkies e uma pistola "à Rambo". Isto porque, a seguir, eu vou resgatar a lendária Bolsa de Karamandá, possuidora de poderes assombrosos. E preciso de apoio via rádio. Após umas piruetas, cambalhotas, rastejamentos e tiros imaginários disparados sobre quem na rua passava enquanto lhes digo "morre porco", estou abeirado do veículo. Faço a pose, grito "Power Extreme", destranco o carro e procuro a bolsa. Como não a encontro, saco do walky-talky, cuja compra já está justificada, e digo: "Negativo para confirmação visual do artefacto. Aguardo ordens, escuto.". Ao que a minha namorada responde: "Andas outra vez a imitar o Rambo, não andas André?". Eu digo: "Não, ia imitar os "Pequenos Póneis", espera lá. Escuto." E nesta altura reparo que ela está atrás de mim, e que eu estou prestes a levar com o walky-talky no cérebro. O grande, pois apesar de tudo ela gosta de mim. Depois, murmuro "Power Extreme" de novo e tranco o carro. Não faço pose, não convém abusar da apesar abundante paciência dela.

Outro exemplo, é de quando passamos por manequins femininos nas montras. Nota-se sempre perfeitamente os mamilos deles por debaixo da roupa. Eu tenho por hábito dizer "olha aquela ou está cheia de frio ou então está feliz por me ver". Incrível como as mulheres e as suas vaginas são completamente imunes a piadas porcas de cariz sexual. Parece que são vacinadas logo à nascença, enquanto nós estamos a apalpar o rabo das enfermeiras. Há muitas já aí a dizer "ah, eu cá não, até acho piada". Tretas. Vocês têm sempre um limite de javardeira que vão aguentar, e se dizer as piadas porcalhonas e mijar por fora da sanita não chegar, acreditem que nós temos mais armas no nosso arsenal. Se não acreditam, lembrem-se o nome deste blogue. Se não estivermos a imitar o Rambo, definitivamente vamos estar a imitar um ninja.

Mas claro que, na natureza, nada foi deixado ao acaso. De facto, ter pénis é sinónimo de maior diversão. Mas quando chega a idade de descobrir que afinal a pilinha não serve só para fazer xixi, só queremos brincar com ele na vagina. Ora, para a tentarmos conseguir, vamos fazer uso de todo aquele sentido de humor de que vós, nobres mulheres, tanto desprezam. Ora pois lá está... Quando acaba o divertimento do pénis, começam o divertimento da vagina. Tudo está em equilíbrio no universo.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Açúcar é vitamina?

Amigo 1: Andas a consumir açúcar em demasia!
Amigo 2: Não ando nada!
Amigo 1: Andas sim. Tanto, que se beberes um café mijas um latte.
Amigo 2: Ah sim? E vou buscar as natas onde?
Amigo 1: És mesmo um porco.

domingo, 21 de junho de 2009

Idoso das tormentas

O meu terceiro maior medo, com o avançar da idade, é tornar-me num daqueles velhotes que fazem de simples gestos como levantar e sentar, um espectáculo de fogo-de-artifício. Daqueles velhotes que para se sentarem numa cadeira, arfam, arqueiam as costas com muito esforço, sustêm a respiração, fazem pontaria e atiram-se para cima dela. E para se levantarem praguejam, estalam os ossos, arfam de novo, suam em bica e têm um pequeno ataque cardíaco. É disto que eu tenho medo. De ter que passar 8 horas das 10 que passarei acordado a fazer ruídos estranhos e, provavelmente, a deixar escapar flatulências em frente a estranhos, devido ao esforço. Tudo em nome de me sentar e levantar.

Ora, isto leva-me à segunda coisa que mais atemoriza a minha prospecta velhice: dificuldade em evacuar. Com efeito, evacuar é um problema recorrente entre idosos. Descobri isto pela frequência de algumas casas-de-banho públicas, em shopings e afins. De facto, já assisti inclusivé a um homem que incentivava verbalmente o cu a cooperar. Alheado do facto de a cabine dele não ser, de todo, à prova de som. Isso, e porque já ouvi velhotes a dizer "o que mais me custa é cagar". São daqueles bónus que apenas quem teve que se deslocar diariamente em transportes públicos tem acesso.

Chegamos então ao meu maior dos maiores receios quando for um velho: padecer das duas maleitas anteriores simultâneamente. Aterroriza-me a perspectiva de ter que demorar 2 dias, desde o entrar até ao sair da casa-de-banho. E mais me aterroriza a perspectiva sinfónica que irá acompanhar todo o desenrolar do processo. Urros de dor, respiração irregular, suspiros de vitória, e isto só para sentar na sanita.
Depois, toda a panóplia de ruídos e cheiros que o corpo-humano é capaz de produzir surge durante o processo de evacuação. Nesta fase, tudo o que se puder utilizar, emprega-se. Conversa-se com o cu, como já disse, para o incentivar. Depois insulta-se o mesmo, usando aquele tom de voz arrastado e rouco, típico dos idosos, e usando insultos que já ninguém se lembraria, como por exemplo, camafeu. Massajam-se os intestinos, culpa-se o governo pela falta da laxação necessária, fazem-se promessas, contraem-se os músculos abdominais mais violentamente do que uma mulher grávida prestes a dar à luz e por aí adiante. Se tiver uma bengala, também não se vai fazer rogado de bater com ela nas paredes das instalações, com a cara vermelha de raiva e de cansaço. No entanto, todos aqueles bramidos, sons de esforço, insultos e exercício físico saem caros para os pulmões (já cheios de catarro) e para as cordas vocais. O que leva a que o período de evacuação seja acompanhado por uma tosse compulsiva, provocada por este excesso de empenho. É a chamada Tosse Cagalhoeira.
Depois, sem dúvida que é necessário dormir um pouco para recuperar energias.
Seguem-se mais palavrões, os suores frios, o ceder da porcelana da sanita, o pulsar das veias na testa, muitos gemidos, e finalmente está-se de pé. E eu não estou muito a fim de me tornar nisto.

Evacuar, na velhice, é uma aventura épica para o idoso e é a Guerra do Golfo para os inocentes transeuntes.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

És inconveniente

Amigo 1: Promete que te comportas, em casa da Alzira.
Amigo 2: O que é que queres dizer com isso?
Amigo 1: O que disse, que às vezes não te sabes comportar.
Amigo 2: Não sei a que te referes, seu insensível!
Amigo 1: Pára de imitar um paneleiro! É isto que me refiro, fazes coisas que achas que têm piada. Mas não tem. Por exemplo, o que é que fazes quando alguém à tua beira atende o telemóvel?
Amigo 2: Chego-me mais perto.
Amigo 1: Só isso?...
Amigo 2: Grito "ESCROTO" em plenos pulmões. Sem parar.
Amigo 1: Exacto, já me compreendes?
Amigo 2: Mas isso é engraçado!
Amigo 1: Tanto quanto falar contigo, não há dúvida. Ou seja, era mais engraçado ser empaleado por uma lança.
Amigo 2: Estúpido, bruto!
Amigo 1: Lá estás tu com as mariquices de novo! Queres mais exemplos? O que fazes quando passa por nós alguém com uma deficiência?
Amigo 2: Ponho-me atrás deles.
Amigo 1: E?
Amigo 2: E... Bom, prego-lhes uma rasteira...
Amigo 1: E?
Amigo 2: E se estiver numa cadeira de rodas dou-lhe um pontapé na cabeça. Ouve, não percebo onde queres chegar.
Amigo 1: Quero chegar que entre aturar as tuas brincadeiras e assistir ao programa da Paris Hilton, eu prefiro ir nu para uma prisão masculina e cantar "quem tem medo do lobo mau, lobo mau, lobo mau...".
Amigo 2: Não concordo, eu sou engraçado!
Amigo 1: Não és. E por falar em cantar, não te atrevas a repetir a proeza.
Amigo 2: Qual?
Amigo 1: Quando fomos a casa do Mocotó? O pai dele tinha Alzheimer? Não te lembras do que fizeste?...
Amigo 2: Ah isso. Só cantei um pouco...
Amigo 1: Cantaste o quê?
Amigo 2: "Sim eu sei... Que tudo são recordações..."
Amigo 1: Exacto.
Amigo 2: Bom, bom, ok.
Amigo 1: Por isso, não te atrevas hoje.
Amigo 2: O que tem o pai dela?
Amigo 1: Tem Parkinson.
Amigo 2: Ah! Hihihi...
Amigo 1: Não penses sequer nisso!
Amigo 2: Ok, ok...

...

Amigo 2: "Shake your ass! Watch yourself! Shake your ass!"...
Amigo 1: Desisto, vais sozinho. Vou fazer de conta que não te conheço e vou espalhar o boato que gostas de te masturbar a ver Pokémon.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Pior não era

Vi o "Fast and Furious" ontem. É mais um daqueles filmes que apregoa mais alto e com mais determinação do que qualquer peixeira no mercado, que a criminalidade é "altamente" desde que praticada com estilo, a alta velocidade e de forma absurda. E mais ainda, que os tipos que conduzem aqueles maquinões, todos modificados, têm passaporte imediato para se verem rodeados por sensualidade feminina e silicone. Por muito que se assemelhem a um porquinho enfezado.
Mas, à parte disto, não posso deixar de imaginar o quão irrealizável tudo aquilo seria, se a minha mãe estivesse lá. Consigo vizualizá-la perfeitamente a recordar a todos aqueles canastrões, grandes e tatuados, as vantagens de uma condução segura e regrada. A informar com autoridade os condutores, que não podem de maneira alguma arrancar sem que toda a gente tenha posto o cinto-de-segurança. A lembrar que agora estão bem, mas quando saírem do carro podem ter frio, e que é melhor levar uma camisola.
De facto, se fosse a minha mãe a realizar o filme, as gajas eram substituídas por instrutores de condução com uma decência impecável e uma alimentação equilibrada, à base de legumes e fruta. As extravagantes corridas, com proezas inomináveis, eram substituídas por passeios, quase turísticos, em que os automóveis circulariam sempre cerca de 10km horários abaixo do limite imposto por lei. Não existiriam clubes nocturnos, com nudez explícita e consumo de drogas, antes haveriam convívios salúbres, onde seriam servidas sandes de fiambre e sumo de cenoura.
E definitivamente, ninguém, mas ninguém fumaria sem primeiro estar sujeito a uma explanação exaustiva dos malefícios do tabaco, com direito a uma sessão de diapositivos, figurando uns pulmões (antes e depois da exposição ao fumo) no papel principal.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Curta n.º X (estou sem pachorra)

- O que é isto NOJENTO que tenho aqui no pescoço?!
- A tua cabeça.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Obcecado é um eufemismo

Amigo 1: Se tivesses uma máquina do tempo, o que farias?
Amigo 2: Uma máquina do tempo? Assim tipo um relógio?
Amigo 1: Não, cretino! Uma máquina que te permitisse viajar no tempo!
Amigo 2: Assim tipo as aulas de Idade Média que tínhamos na universidade? O tempo aí acho que andava para trás.
Amigo 1: Do género, mas com mais trovões e menos perdigotos... Grande idiota, UMA MÁQUINA EM QUE ENTRAS E PODES VIAJAR NO TEMPO, PARA QUANDO QUISERES, miolos-de-musgo!
Amigo 2: Ah, já podias ter dito. Voltava ao 6º ano.
Amigo 1: Alguma razão especial?
Amigo 2: As mamas da Ambrósia.
Amigo 1: O que têm?
Amigo 2: Quero ver se eram assim tão grandes como a imagem mental que guardo, ou se só pareciam grandes na altura porque mais ninguém tinha mamas.
Amigo 1: És mesmo um crápula. Só isso?
Amigo 2: Não, também voltava ao 7º ano.
Amigo 1: Sim?...
Amigo 2: As mamas da professora de Inglês. Essas tenho a certeza que eram mesmo grandes.
Amigo 1: E ias fazer o quê com elas, sujá-las de acne? Tinhas 12 anos na altura.
Amigo 2: Então, ia instruir o meu Eu do Passado para as apalpar. Sempre me arrependi de nunca o ter feito.
Amigo 1: E não tens medo das repercussões que isso ia ter no teu Eu do Presente?
Amigo 2: O que é o pior que pode acontecer?
Amigo 1: O teu pai podia-te castrar quando soubesse. Hehe.
Amigo 2: Achas, eu escondia-lhe a guilhotina primeiro.
Amigo 1: Perturbador. Então e se não pudesse ter nada a haver com mamas?
Amigo 2: Não estou a compreender.
Amigo 1: Esquece todo o conceito de mamas um segundo! O que farias?
Amigo 2: Estou confuso.
Amigo 1: Ok, obviamente isto é muito complicado para ti. Para além do teu óbvio interesse académico em seios, se viajasses no tempo, que mais farias. Para além de apalpar mamas.
Amigo 2: Voltava ao dia 11 de Setembro de 2001.
Amigo 1: Ah, afinal tens em ti algum altruísmo. Ias tentar impedir o atentado?
Amigo 2: Uh? Não! Ia pôr uma revista na tua casa de banho. Estava lá nesse dia e não tinha nada para ler quando fui... tu sabes, libertar os detritos. Fiquei desnorteado, acabei a ler tubos de pasta dos dentes.
Amigo 1: Portanto, as tuas prioridades na vida são...
Amigo 2: Mamas e ter que lêr quando vou ao WC, sim.
Amigo 1: Desisto.
Amigo 2: De quê?
Amigo 1: Lembra-me lá de novo porque é que ainda falo contigo?
Amigo 2: Porque temos uma amizade especial?
Amigo 1: Não, não é isso.
Amigo 2: Porque eu tenho uma Play Station 3?
Amigo 1: Bingo.
Amigo 2: Ei, queres ver as mamas da minha vizinha?
Amigo 1: Quem, a D. Josefina?!
Amigo 2: Sim!
Amigo 1: Ela tem 73 anos!
Amigo 2: É madura.
Amigo 1: É o cruzamento entre um escroto e um dinossauro!
Amigo 2: Eu cá gosto. Mamas são mamas.
Amigo 1: Repugnante.