Ontem à noite vi o filme Ninja Assassin.
Mal vi o genérico de abertura e os meus olhos já tinham aumentado para o dobro e lacrimejavam abundantemente, enquanto me encolhia de excitação no sofá, de forma a que os joelhos me tocavam o queixo.
É o típico filme de pancada com místicas inventadas, clãs de ninjas, espadas e lutas em slow-motion, imenso sangue e completo desrespeito pela lei da gravidade e mais umas quantas da física e até da realidade. Adorei cada segundo.
Nas primeiras cenas consegui conter-me, e apenas gritei uns sonoros "UAU's!".
Com o desenrolar do filme, e já mais descontrolado, alternava entre uns espécies de ataques musculares violentos no sofá, ou andar pelo chão de casa a rebolar e aos saltos com uma vassoura.
Como devem imaginar o meu nível de entusiasmo era evidente.
Felizmente o meu colega partilhava desse meu entusiasmo frenético, então a modos que passamos o filme todo a falar do personagem principal (o Raízo), como se ele fosse a encarnação do Martin Luther King dos pontapés no cu.
Frases e diálogos deste género foi coisa que não faltou:
"- UAU, viste aquilo? O gajo arrancou-lhe os intestinos e depois decorou a árvore de Natal com eles! E nem sequer é Natal! UAU!"
"- Ei, este que apareceu agora é lixado! O Raízo vai-se ver à rasca!"
"- Ui, que técnica. Cuidado Raízo, esse é melhor que os outros!"
Já falávamos como se fossemos todos amigos de longa data, e secretamente desejava-mos ambos também ter sido abandonados à nascença e treinados por um clã ninja para matar tudo o que se mexesse e para ficar invisível nas sombras.
Outras vezes, limitava-mo-nos a olhar um para o outro com um sorriso parvo e olhos de carneiro-mal-morto (os meus ainda vermelhos do choro inicial), e faziamos um ligeiro aceno de cabeça em sinal de aprovação, sempre que era levada a cabo uma execução particularmente violenta ou espectacular.
E outras vezes ainda, testamos a sala onde estávamos, procurando cantos mais escuros onde nos aninhávamos e depois perguntávamos "então, consegues-me ver?!".
Foi, em suma, um filme excelente para qualquer fã da guerra oculta.
Quando terminou, e eu recomecei a ganhar a sensibilidade nos membros devido a todo aquele esforço físico requerido para o decorrer do filme, o meu colega perguntou:
- Então André, gostaste?
- O meu nome é Raízo, mestre das sombras.
- Nem penses, o Raízo sou eu!
- Não és digno! Aposto que nem sabes quantos outros ninjas é que ele matou no filme!
- 673, ha!
- Raios!
E foi então que começou uma discussão acesa para decidir quem efectivamente é que era Raízo, o mestre das sombras.
Como não chegamos a nenhum entendimento, e imbuídos do espírito do filme, resolvemos fazer um duelo ninja para verificar quem é que era digno de envergar tal nome.
Uma vez que não tínhamos katanas e shuriken a pontapé, tivemos que nos contentar com o que havia: duas colheres-de-pau e palitos.
Lá nos engalfinhamos um no outro, tentando desajeitadamente espancar a testa do adversário com a colher de pau, e a atirar palitos um ao outro.
Volta e meia, quando achávamos que estávamos numa sombra, ficavamos inertes, de pé, achando imbecilmente que estávamos ocultos e invisíveis, o que valia mais um colherada bem assente.
Obviamente acabámos os dois no hospital, a dar a sensação que tínhamos sido alvo de um ataque de um clã de croquetes-ninja, tal era a quantidade de palitos que tínhamos espetados no corpo todo. Palitos esses que ainda estou para compreender como chegaram a locais tão recônditos.
Mas nem a caminho desistimos de ser ninjas, e tentava-mos constantemente evitar as luzes dos candeeiros do passeio. Tarefa que se tornou bastante árdua pois íamos de carro.
Foi um final perfeito para o filme perfeito: acabar numa maca, com uma enfermeira nada atraente e carrancuda a tirar-nos palitos das nádegas, enquanto ainda murmurávamos um para o outro, entre-dentes, "Eu é que sou o Raízo, AU!".
Mal vi o genérico de abertura e os meus olhos já tinham aumentado para o dobro e lacrimejavam abundantemente, enquanto me encolhia de excitação no sofá, de forma a que os joelhos me tocavam o queixo.
É o típico filme de pancada com místicas inventadas, clãs de ninjas, espadas e lutas em slow-motion, imenso sangue e completo desrespeito pela lei da gravidade e mais umas quantas da física e até da realidade. Adorei cada segundo.
Nas primeiras cenas consegui conter-me, e apenas gritei uns sonoros "UAU's!".
Com o desenrolar do filme, e já mais descontrolado, alternava entre uns espécies de ataques musculares violentos no sofá, ou andar pelo chão de casa a rebolar e aos saltos com uma vassoura.
Como devem imaginar o meu nível de entusiasmo era evidente.
Felizmente o meu colega partilhava desse meu entusiasmo frenético, então a modos que passamos o filme todo a falar do personagem principal (o Raízo), como se ele fosse a encarnação do Martin Luther King dos pontapés no cu.
Frases e diálogos deste género foi coisa que não faltou:
"- UAU, viste aquilo? O gajo arrancou-lhe os intestinos e depois decorou a árvore de Natal com eles! E nem sequer é Natal! UAU!"
"- Ei, este que apareceu agora é lixado! O Raízo vai-se ver à rasca!"
"- Ui, que técnica. Cuidado Raízo, esse é melhor que os outros!"
Já falávamos como se fossemos todos amigos de longa data, e secretamente desejava-mos ambos também ter sido abandonados à nascença e treinados por um clã ninja para matar tudo o que se mexesse e para ficar invisível nas sombras.
Outras vezes, limitava-mo-nos a olhar um para o outro com um sorriso parvo e olhos de carneiro-mal-morto (os meus ainda vermelhos do choro inicial), e faziamos um ligeiro aceno de cabeça em sinal de aprovação, sempre que era levada a cabo uma execução particularmente violenta ou espectacular.
E outras vezes ainda, testamos a sala onde estávamos, procurando cantos mais escuros onde nos aninhávamos e depois perguntávamos "então, consegues-me ver?!".
Foi, em suma, um filme excelente para qualquer fã da guerra oculta.
Quando terminou, e eu recomecei a ganhar a sensibilidade nos membros devido a todo aquele esforço físico requerido para o decorrer do filme, o meu colega perguntou:
- Então André, gostaste?
- O meu nome é Raízo, mestre das sombras.
- Nem penses, o Raízo sou eu!
- Não és digno! Aposto que nem sabes quantos outros ninjas é que ele matou no filme!
- 673, ha!
- Raios!
E foi então que começou uma discussão acesa para decidir quem efectivamente é que era Raízo, o mestre das sombras.
Como não chegamos a nenhum entendimento, e imbuídos do espírito do filme, resolvemos fazer um duelo ninja para verificar quem é que era digno de envergar tal nome.
Uma vez que não tínhamos katanas e shuriken a pontapé, tivemos que nos contentar com o que havia: duas colheres-de-pau e palitos.
Lá nos engalfinhamos um no outro, tentando desajeitadamente espancar a testa do adversário com a colher de pau, e a atirar palitos um ao outro.
Volta e meia, quando achávamos que estávamos numa sombra, ficavamos inertes, de pé, achando imbecilmente que estávamos ocultos e invisíveis, o que valia mais um colherada bem assente.
Obviamente acabámos os dois no hospital, a dar a sensação que tínhamos sido alvo de um ataque de um clã de croquetes-ninja, tal era a quantidade de palitos que tínhamos espetados no corpo todo. Palitos esses que ainda estou para compreender como chegaram a locais tão recônditos.
Mas nem a caminho desistimos de ser ninjas, e tentava-mos constantemente evitar as luzes dos candeeiros do passeio. Tarefa que se tornou bastante árdua pois íamos de carro.
Foi um final perfeito para o filme perfeito: acabar numa maca, com uma enfermeira nada atraente e carrancuda a tirar-nos palitos das nádegas, enquanto ainda murmurávamos um para o outro, entre-dentes, "Eu é que sou o Raízo, AU!".
23 comentários:
;)... bela história para contar aos netos!
LOL! Que selva! Medinho de ver filmes contigo!
Quantos anos tens mesmo???? =D
ahahah adorei... e tentar visualizar a cena ainda melhor... :P
Convosco por perto, quem é que quer ver filmes!?!??!
:D
Fantástico, Ninja!, amei esse filme que vocês fizeram!!!
(Não me parece que gostasse do original... ;p)
Beijitos :)
Ahahah! Adorei! :D
A Salto aguenta isto?! OMG!...
Medo, muito medo!
Duas colheres-de-pau e palitos? Ainda me estou a recompor!!
MM: a Salto não estava lá, mas há dias que consigo ser pior que ele (com o estilo e classe que me são devidos, claro) :p
O que me deixa ainda com mais medo! =P
convite para seguir a história de Alice , lá no --- continuando assim --- ainda vai no princípio :) espero que gostes
bj
teresa
LOOOOOOLLLL
na verdade já tinha saudades dos teus "filmes" :)
Espero que depois de tudo, tenhas sido tu o Raizo ;)
beijocas
Gajos... Até aposto que esse filme é foleiro:p
É cada post melhor que o anterior. Até me doi a barriga de tanto rir.
VCosta, hehe, daqui ao lá já não me lembro de nada... :P
Salto-Alto, não inventes... :P
Anne, 25, não se nota? ;)
Fada, hehe, obrigado! Claro que gostavas do original, não digas asneiras. :D
Anjo-sem-asas, muito obrigado! :)
MM que remédio tem ela... :P
Ainda bem que gostaste. :)
continuando assim..., já lá dei uma saltada.
Nuvem, hehe, essa parte, e QUASE tudo o resto foi inventado. :P O Raízo fui sempre eu óbvio. :D
Olhos Dourados, não digas asneiras, ok?
mãe pimpolha, fico muito contente, muito obrigado. :)
o que é que os teus alunos e os teus colegas haviam de dizer das tuas aventuras?! :-)
Tu é que és o Raizo, eu sei porque me foi dito por uma velha desdentada que, se não me engano era uma bruxa :)
beijos
....Bom antes demais beijinhos da desparecida... agora retornar do meu refúgio mental (LOL) para isto... vai lá vai...medo....
Olha eu só vou ao cinema se a miss Salto estiver presente... pk só com vocês homes a coisa deve ficar violenta...LOLOL
kisses
MAIS LOGO, um novo capítulo da história de Alice.
lá no,
... continuando assim...
Aceito , e agradeço as vossas sugestões ... talvez a letra esteja pequena... talvez o blogue possa estar confuso.... talvez ... e talvez :)
talvez nem gostem da história...
Enfim...qualquer coisa, digam.
até logo
obrigada por seguirem
Bj
teresa
Caracas deve ter sido muito louco essa batalha ai,aí tem lugar pra mais um,quando vai acontecer a proxima batalha...
Sinceramente: O Garoto do Blog.
com tanta imaginação ....podes continuar o filme
" O ninja no dr House "
chapeu de sol amarelo, não iam perceber nada, coitados... :P
o que é que os teus alunos e os teus colegas haviam de dizer das tuas aventuras?! :-)
Joaninha, hehe, já durmo mais descansado, obrigado! :)
★ Aralis ★, olé, bom ter-te de volta. :)
Sim, torna-se bastante física, hehe! Mas nada de perigo.
O Garoto do Blog, eu aviso, sem problema. :)
Larose, é um caso a pensar, prometo. :)
Ainda estou de boca aberta!... Meu Deus!...
looool
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