quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pensamentos soltos

Não há absolutamente nada de bom para se ver no computador quando se está nu e alguém entra no quarto. São logo tiradas as conclusões erradas. Ora vejamos:
- Pornografia = tão tarado que até tem que se despir;
- Desenhos animados = um porco com a mesma maturidade sexual de um queque;
- Ninjas = André;
- Odete Santos = sem comentários;
- Culinária = uma espécie de pervertido que ainda nem tem nome, mas definitivamente nunca mais vou comer em tua casa;
- Sintomas de herpes genital = parece-me bastante óbvio.

E eu que só estava à espera que a água da banheira aquecesse.


Se fosse contemplado com a catrefada de dinheiro do Euromilhões, fazia duas coisas:
- Comprava um carro de luxo e conduzia-o sempre acima dos 260 quilómetros horários. No caso de perseguição policial limitar-me-ia a mandar notas pela janela, com o carro em andamento, para pagar a multa.
- Durante um mês tornava-me ermita na Amazónia. No decorrer desse período usaria apenas uma tira de couro à cinta para poder segurar o telemóvel.


Comprei uma solução de salina para lavar as lentes de contacto que traz inscrições em braile na caixa. Sem dúvida tão propositado como ter toalhas de banho impermeáveis.


Existem bombas de gasolina com um autocolante, que através de imagens, tem as seguintes instruções:
- Abra o depósito;
- Abasteça o veículo (indicando o local onde enfiar a agulha);
- Dirija-se a um balcão para pagar.
Isto faz-me pensar se o número de pessoas que apenas param o carro e gritam para a bomba "ENCHE! ESTOU COM PRESSA!" e o número de pessoas que regam o carro com gasolina, será suficiente para justificar tratarem-nos como atrasados mentais graves.


Já peguei fogo a uma frigideira ao tentar fritar uma salsicha, e já transformei azeite em alcatrão. E por momentos pensei que tinha o Nobel da Química assegurado.


Faço parte daquele grupo de pessoas que quando vê televisão acena e faz expressões faciais de compreensão para as personagens da série, sem nunca dar conta disso. E também faço parte daquele grupo de pessoas que tem uma namorada que achou conveniente salientar isso e de me dar medo de ver TV à beira de outras pessoas.


Já mais alguém reparou que o Ruca anda a fazer quimioterapia?


Quando um homem é apanhado a ver pornografia fica tão atrapalhado que a sua reacção varia desde desligar o monitor e disfarçar que já estava mesmo de saída, a tentar desligar o fio do modem e deixar, toda a gente que entrou, ver com nitidez:
- Tudo o que estava no monitor a passar;
- Um triste homem com pouca rapidez de raciocínio e muito fraco conhecimento de informática.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Falsas e dissimuladas, as gajas

Estrelas femininas da pop. Algumas cantam muito bem, outras tão bem como um pato asmático, mas todas vendem a imagem (mamas e tal). E já repararam que, todas também, pura e simplesmente ADORAM escrever músicas sobre desgostos amorosos?

Mas que espécie de palhaçada é esta? Elas baseiam-se em quê para vir falar disto?
Quantos desgostos amorosos é que elas tiveram tempo de ter, tendo em conta que iniciaram a carreira aos 12 anos e por essa altura já tinham implantes e rios de massa? Que escaramuça psicológica isto me desencadeia.
A única que ainda compreendo é a Pink porque essa parece uma porca. Agora de resto poupem-me. O que é que lhes aconteceu afinal? O Coisinho não a convidou para a festa de anos dele? Se foi isso, é porque aos 7 anos os rapazes ainda julgam que a pilinha apenas serve para urinar, e que apenas são privilegiados por ter mangueira.

Mas eu sei muito bem porque o fazem, e como o fazem.
Fazem-no porque sabem que as mulheres adoram ouvir aquilo. Até deliram. Cantam-nas e dançam-nas, e algumas saem-se a dizer aos namorados "Olha que arranjo já outro como tu ali ao virar da esquina" e esquecem-se que têm o mesmo sex-appeal do que um cruzamento entre uma zebra e o Joe Berardo. E depois lixam-se, e é bem feito!
Afinal a Beyoncé sabe lá o que se passa na vida privada de cada um? Se calhar um gajo não tem sequer dinheiro para meter um ring on it, já pensaste nisso ó feminista sem causa?

E aposto que, tendo em conta que não pescam nada de relacionamentos falhados, traições e etc, contratam namoradas carpideiras para desabafar enquanto escrevem as letras:

- Não, a sério? Ele fez isso?! Na tua cama?! Que monstro! Vá, desabafa tudo enquanto me enches os bolsos com notas grossas.

E depois disto lá vem mais um single campeão de vendas, com nomes como "Porco insensível" ou "Ela claramente tem as mamas mais pequenas do que as minhas, portanto és uma besta por me teres deixado". Pelo menos é só isto que eu ouço.

E grande batalha para a nobre causa da mulher que elas andam a travar, aparecendo semi ou totalmente nuas nos video-clips, enquanto dançam de forma provocadora. Estão a tentar impressionar quem, as mulheres? Não, estão a dizer aos homens, que vêm estes video-clips com o mute activado, que são boas e que têm o coração partido.
E nós, bestinhas acéfalas que só pensam em sexo, acreditamos mesmo que "ei, eu podia tratar dela".
Sim. Porque a toda a hora estas multimilionárias pensam "quem me dera que um adolescente borbulhoso e a feder a hormonas ou um homem careca e pouco atraente a ganhar o salário mínimo me viesse resgatar da minha tristeza", enquanto se banham no seu jacuzzi personalizado que custou o PIB anual da Suíça.

E pior! As mulheres ouvem isto, passa-lhes completamente ao lado a nudez, e só pensam "É pá, a vida delas é muito mais parecida com a minha do que eu imaginava, somos iguaizinhas."
E nunca se perguntaram porque é que elas cantam isto com menos roupa do que uma actriz pornográfica.
Sei o que as mulheres estão a pensar: "Uau, é como se nos conseguisses ler a mente!". É um dom que prometi a mim mesmo usar apenas para o mal.

Acho que já desbobinei o que queria. É que já é fatigante. Já sei que sempre que uma dessas artistas abre a boca é para lembrar ao namorado que já perdeu a oportunidade com ela e que deve arrumar as suas coisas na caixa da esquerda.

Havíamos (os homens) de criar uma banda para cantar os temas opostos disto. Podíamo-nos chamar "Vaginas Assassinadas". Até já me sinto mais podre de rico.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Se não os vences... Aguenta a bronca

A minha namorada e o meu irmão não conseguem estar no mesmo quarto sem se começarem a agredir verbalmente (podem confirmar aqui). O rol de achincalhamentos mútuos é constante, e apenas suplantado por uma ainda maior vontade de gozar comigo no que toca à marmelada. Passo a explicar.

Eu gosto muito de marmelada. E aqui não me refiro à analogia para o acto sexual, do qual também sou grande amigo. Não. Refiro-me ao doce.
Com efeito, gosto muito de marmelada. Mas, de todas as que já provei, só gosto de uma marca específica: a arrogantemente auto-intitulada "Marmelada Rainha" da Costa Moreira.

Como obviamente não podia deixar de ser, quando eles descobriram, começaram a espicaçar-me e a agredir-me com chavões sobre o facto de eu ser "piquinhas" e "esquesitinho" por só gostar daquela marca.

A coisa escalou de tal maneira que agora, a simples referência a marmelada, é motivo de galhofa por um mês entre os dois, enquanto eu assisto à destruição da minha auto-estima sem poder reagir.
Com efeito, basta surgir a palavra "marmelada" numa conversa que imediatamente o meu irmão faz um teatrinho com um discurso inflamado do que supostamente sou eu a comer marmelada, enquanto a minha namorada tenta em vão conter as lágrimas e lhe relembra todos os pormenores que lhe parecem relevantes. Pormenores esses que imediatamente ele integra na sua pantomina. Estúpido.

E da última vez, que teatro esse. Estamos a jantar os três e mais dois amigos e alguém profere a única palavra no léxico português que efectivamente me mete medo. Dois segundos depois o meu irmão já está de cócoras em cima da cadeira, excessivamente curvado e agarrado a uma tigela e a uma colher imaginárias imitando o Gollum do Senhor dos Anéis, se ele comesse marmelada em vez de andar atrás do anel.

E não se ficam por aí. Enquanto a minha namorada se agarra à barriga e tenta evitar espirrar frango pelo nariz, ele ainda expõe a teoria que se existisse uma marmelada manufacturada por Deus, e enquanto toda a gente tinha desmaios de prazer por a provar, eu ia continuar agarrado somiticamente àquela tigela de "Marmelada Rainha", que nem um adolescente agarrado ao Facebook. Isto enquanto come mais umas poucas de colheradas imaginárias.

Bem, agora que as coisas andam mais calmas, esperem até saberem que comprei marmelada marca "Dia" e até a achei muito boa.

Bons dias me esperam...