sexta-feira, 4 de junho de 2010

Um par de galhetas bem assente...

Não que seja muito difícil tirar-me do sério, mas o programa Super-Miúdos da RTP 1 provoca-me desarranjo intestinal.
Sem querer ser exagerado, mas se a partir de hoje, ao espertinho que achou que uma pandilha organizada de fedelhos arrogantes a humilhar pessoas adultas era engraçado, tudo o que ele comesse lhe soubesse a cebola com baunilha... Não ficava muito incomodado.

Aquelas amostras de gente estão a levar o papel deles já longe demais. Já sei que é um programa e blá blá blá. Não me lixem, há lá meia-dúzia deles que até vendiam a mãe só para não perder o jogo.
Claro que mais culpa do que eles, tem quem os pôs ali e os mandou agir assim.

Começo logo a ficar irritado com os cognomes. Há o Matemático, por exemplo. Mas o pirralho é o matemático porque raio? Ele não sabe, com aquela idade, fazer equações de grau avançado nem foi ele que descobriu o valor de PI. Ele quanto muito, sabe a tabuada dos 7. E há mais, como quem vê a o programa sabe... A Magnânime (só se for no acne), o Histórico (que deve saber que o Darwin tinha um nome engraçado), e por aí fora. Não me recordo de mais, mas sei que de cada vez que ouço um fico tão irritado que é como ter uma gralha histérica a gritar-me ao ouvido.

Mas o ódio, obviamente não veio SÓ dos cognomes, também não exageremos. Não. Também vem das poses em que obrigam os miúdos a estar, como se fossem os próprios Deuses do Olimpo que estivessem em exposição, de braços cruzados e a contemplar os adversários com cara de quem tem uma profunda piedade pela ignorância garantida de quem tem mais do que 20 anos: aquele grupo desprezível e nada merecedor do  tempo deles - os adultos.
Quando os vejo lá assim, começo logo a espumar de raiva. Fedelhos narcisistas...
Estão ali totalmente compenetrados em arruinar por completo as esperanças de quem lá foi porque a mulher sofre de cancro e precisa do dinheiro para a curar. Acho que nunca lá foi nenhum adulto jogar nestes termos, mas podia acontecer. Mas eles não querem saber! Só querem saber de ganhar, e depois ficam MESMO a achar, juro, que são MESMO mais cultos e inteligentes que uma pessoa adulta. São mal-criados, mandam bocas mesmo MUITO foleiras e ainda ficam de trombas quando perdem. Ficam genuinamente desiludidos por não terem ganho aos adultos! E o que eu rejubilo quando isso acontece.
Na verdade,sempre que eles perdem, e isto infelizmente é verdade, eu perco por completo o controlo e grito o mais alto que posso:
"- MAMA, FILHO DA PUT@!!!"
Sem ofença à mãe dele, isto é só o que sai na altura. A seguir ainda costumo acrescentar:
"- Que foi, vai chorar o menino? Perdeu foi? VAI CHORAR PARA A MAMÃ, VAI! Tadinho do menino..."
Este programa faz-me por completo esquecer do que é ser uma pessoa civilizada e faz-me regredir a um estado primitivo de violência e de imaturidade.
Mas claro que, logo a seguir, tratam de fazer com que os camafeus dos putos voltem a achar-se os maiores. Nada mais fácil. Naquela parte do jogo de perguntas alternadas:
- Aos miúdos é colocada a questão "Como se chama a noiva do Shrek?" Pergunta, diga-se, de grande interesse para a cultura geral de qualquer pessoa, nunca se sabe quando esse pedaço de conhecimento vai salvar a vida de alguém.
- Já para os adultos a pergunta é: "Numa das ruas que vai dar ao Campo da Vinha em Braga, existe um cego que pede esmola, usando uma lengalenga que repete até à exaustão. Quanto é que esse cego calça?"
É de fazer arrancar cabelos.

Nunca na vida, e por razões óbvias, eu poderia participar neste programa. Pelo menos não sem ser expulso, e com razão. E se nos bastidores encontrasse um daqueles fedelhos (que convém aqui salientar, não são todos) que acham mesmo que são mais inteligentes do que um homem de 40 anos? Não podia ser. Já me estou a ver a não conseguir evitar de lhe dar uns tabefes no cimo da cabeça, com os nós dos dedos, e a dizer "Põe-te fino, ó mariconço, olha que eu não sou o teu pai, ouviste? E se choras levas já outro."

As únicas coisas que me deixam um pouco mais feliz, e agora vou ser um pouco cruel, são:
- Saber que aqueles fedelhos chatos e nojentinhos nunca vão ver uma vagina;
- Saber que provavelmente levam porrada grossa todos os dias na escola;
- Sonhar que eles foram raptados pelos Ursinhos Carinhosos, que saíram da reforma e agora se dedicam dar-lhes açoites noite e dia com uma régua de 5 olhinhos.

Mas calma, eu até gramo bastante miúdos. Não tinha escolhido esta profissão se não fosse o caso. Só fico é à nora com fedelhos atrevidos e sem educação, sacaninhas... Portanto, garanto que dois destes três últimos pontos são falsos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ah, quanta inocência...

Partilho um dos meus mais antigos e traumáticos momentos da minha infância.

Quando tinha 3 anos, havia à venda um pudim, daqueles que se vendem em embalagens do género do iogurte.

Tomei conhecimento desse pudim através de um anúncio de televisão. Nesse anúncio, o pudim tinha pernas e olhos. E mal se abria a tampa, ele dava uns saltos enormes, e os miúdos tinham que andar atrás dele de colher em riste a tentar dar umas colheradas. Mais ou menos como se alimentássemos açúcar a uma bola-pinchona. Eu papei aquela besteira toda que nem um diabético a comer queques. Eu tinha que domar e comer aquele pudim, pois tudo aquilo me pareceu bastante divertido e agradável. Daí que tenha feito o choradinho à minha mãe para mo comprar.

Chegou o dia. A minha mãe comprou uma embalagem de quatro. Diversão a quadruplicar.
Lembro-me de ela me ter perguntado se queria comer logo um, mal ela chegou. Com um tom de descrédito e piedade pela ignorância da minha mãe face ao evento épico que ia ser comer aquele pudim, eu respondi "Pfffft, ó mãe... Isto não se come logo assim, é preciso preparar a cozinha, que aviso-te já, vai ficar uma bagunça".
Eu preparei-me. Na verdade, preparei-me para uma caçada ao Abominável Homem das Neves. Tinha redes, cordas, colheres de todas as formas e feitios, facas de plástico (para dar estilo), óculos de mergulho que eram a cara de um sapo e um funil na cabeça a fazer de capacete. Tinha sonhado com aquele momento, tinha que estar preparado para tudo.

Era o momento. Lembro-me nitidamente de fechar as portas, pegar numa embalagem, pousa-la na mesa à minha frente e respirar fundo. Então, agarrei nele, segurei-o à distância, virei a cara, fechei os olhos e levantei a tampa. E então..

Nada, obviamente.

Olhei com profunda incredulidade para uma massa castanha inerte na sua sepultura de plástico fino. Nada de aventura, nada de pudins de desenho animado aos pinotes, nada de gritos e excitação. Comer aquele pudim era, afinal, tão excitante quanto ver um idoso a dormir.
Experimentei então dar umas pancadas com a colher naquilo, não fosse precisar de reanimação. Agora, além de triste estava todo cagado.

Então, a minha mãe explicou-me que aquilo era só na TV. Na realidade era um pudim normal.
A TV, que era a minha melhor amiga! A TV que me trazia o He-Man e os Transformers! Quanta dor.
Senti-me traído até às 16h, altura em que começava o Brinca Brincando e eu já tinha esquecido todo o evento à 3 horas atrás.

Mas por agora, ainda estava com aquela porcaria na mão, segurando-a com a mesma vontade com que seguraria uma fralda suja e pestilenta. Agora solícita, após seguramente se ter divertido com a minha figura, a minha mãe disse para eu tirar aquilo para um prato e comer.
E então, eu assisti àquela mistela a desmoronar-se a minha frente, assim como os meus sonhos, expectativas e esperança de uma vida normal. Aquilo não só não saltava e fugia, como nem sequer aguentava a forma em cima do prato. Foi como descobrir que o pai de um nosso colega de quem diziam ser um campeão de atletismo, ser afinal tetraplégico.

Fui encorajado a provar e a comer. Pensei eu que ainda teria alguma consolação. Mas não, aquilo era uma porcaria. Ou seria antes, o sabor azedo da vergonha por ter sido um lorpa? Acho que nunca saberei.

Assim aprendi duas das mais duras lições de vida que se podem aprender aos 3 anos de idade:
- A primeira foi que não se deve acreditar em tudo o que se vê ou ouve, mesmo que seja a TV a dizê-lo.
- A segunda foi que o que conta é o que está no interior. E, pelas cuecas do Pai Natal, aquele interior era mesmo atroz.

Reforço que, até às 16h desse mesmo dia, fui um rapazote a quem a vida duramente ensinou umas poucas de lições. E saboreei o triste e amargo sabor, tanto do pudim como da desilusão.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Conversas com a cara-metade

#1

- Se tivesse vivido na época dos Romanos, e tivesse um filho, chamar-lhe-ia Coitus Interrompidus.
- Porquê?!
- Porque quando o chamasse e ele me respondesse "Agora?! Assim vou ter que deixar isto a meio!" eu me rir ao estilo aspirador asmático.
- Só mesmo tu...
- Obrigado!
- Não era um elogio.
- Era isso ou Escrotus.
- ...
- Percebeste?... "Lá está o Escrotus a coçar-se...", ou então "Escrotus, temos que cortar esse cabelo!", ou mesmo "Escrotus, não quero que andes com aquele chato!", ou...
- Chega.
- Mas eu tenho uma lista...

#2

- Lipa?
- Não.

#3

- André, afinal tinhas razão.
- Eu sei... (cara de mete-nojo)
- Ah sim? E tinhas razão em quê?
- Quero lá saber! Isso chega!

#4

- Estou pronta para ir embora!
- Não estás não.
- Se te estou a dizer que estou é porque estou! TU é que não te despachas e estás aí deitado a jogar Pac-Man no telemóvel! Anda lá, despacha-te!
- Eu só tenho tenho que me pôr a pé e arrancar!
- Eu também!
- Ok, então vamos!

(ponho-me de pé e arranco a todo o gás)

- Espera que ainda me faltam fazer duzentas coisas!

#5

- No outro dia descobri que se aparar a barba só no queixo e deixar o resto fico igualzinho Wolverine! Mas mesmo assim aparei-a toda por igual, porque sei que não ias gostar. Não sou um espectáculo?!
- O simples facto de eu saber quem é o Wolverine bate isso aos pontos.
- Touché. Podias era deixar de dizer que ele é um gatinho.
- Porquê?
- Magoa um bocadinho... E escusas de arruinar por completo a minha infância...
- Náá, assim é mais divertido.
- E se eu dissesse que os Ursinhos Carinhosos são o resultado de uma overdose de açúcar?
- Eles são fofinhos, e o Wolverine usa collants.

*André esfrega vigorosamente as têmporas antes de responder*

- Já te expliquei que aquilo é o uniforme dele, e tem que ser assim para não lhe atrapalhar a agilidade felina.
- Então admites que ele é um gato?
- Vou dar uma volta.

Muito obrigado à minha namorada Filipa, sem quem a minha vida não tinha piada nenhuma.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Mas afinal, quem é que ainda não foi a Paris?

Paris Hilton's My New BFF.

Já vi um episódio deste rejecto do inferno. Orgulho-me do facto na mesma medida em que um morto se orgulha de não respirar. Levei, literalmente, as mãos à cabeça por várias ocasiões, para gáudio de quem me rodeava. Qual computador com Windows 95, o meu cérebro crashou. Tal era a quantidade de reparos que, em 20 segundos de programa, já tinha para fazer. E depois, eu sou extremamente irritante, porque de cada vez que reparo em algo tenho medo que o resto da plateia não tenha. Então saliento-o. Neste caso nem conseguia. Ainda não tinha acabado o anterior e já tinha um melhor. O desespero...

É basicamente mulheres adultas histéricas e artificialmente produzidas, a tentar agradar a um cliché ambulante muito loiro. E a que agradar mais é a que ganha.
Eu assisti, com estes olhos, a raparigas franzinas com vozes fininhas que afinal eram homens.
A choro, conflitos, palavrões, discussões, quase pancada, maledicência e intriguismo, em nome do que "A Paris gosta".
Eu assisti a essa mesma Paris a chamar pêga a uma das concorrentes porque, num dos inúmeros e ridículos desafios que elas tem que passar, ela "atirou-se em demasia a um rapaz". A mesma Paris que todos os dias tem o nome associado a escândalos sexuais e protagoniza um filme pornográfico amador onde mostra que apesar de muito muito muito muito muito estúpida ainda tem algum uso. Sem dúvida do mesmo calibre que um eunuco se virar para outro homem e afirmar "Coitado, a tua pila é pequena".

É mesmo muito mau. Porque é que seres-humanos haviam de querer a aprovação dela? Raios, porque é que animais haviam de querer a aprovação dela?
E não me digam que é pelo dinheiro. Elas CHORAM de excitação sempre que ela se aproxima. Já eu fico admirado como é que ela consegue efectuar o processo de respiração sem ajuda. Porque acredito que tudo o resto lhe seja transmitido por terceiros.
E andam pessoas a submeter-se à opinião dela sobre comportamentos, condutas e savoire faire do que pode muito bem ser a pessoa mais fútil, ignorante, pretensiosa e loira do planeta.
A cara de sonsa da Paris Hilton dá-me vontade de a agredir fisicamente de forma violenta. Nem precisa de abrir a boca, só a cara dela me revolta as entranhas. Odeio-a. Não a conheço de lado nenhum e odeio-a mesmo muito. Tenho vontade de lhe tirar aquela tiara da cabeça com uma paulada violenta, usando o seu ceptro de princesa. Tenho vontade de a obrigar a assistir ao seu próprio programa. É quanto ela me irrita.

Não quero ofender ninguém, é só a minha opinião que vale tanto como a próxima. Mas as conclusões a que cheguei, foram as seguintes:

- Se a Lili Caneças defecasse e depois quisesse ser amiga do excremento, era este o resultado.
- É daqueles crimes televisivos que faz conceitos como o suicídio parecerem perfeitamente aceitáveis.
- O Inferno é passar uma eternidade a ver reposições desta série, com um calor do caraças.
-É tão agradável de assistir como ver um musical ou ver pornografia à frente dos pais.
- Tive a mesma facilidade em assistir ao programa do que um maneta tem a jogar Wii de olhos fechados.
- Se estivesse a ser chicoteado há 2 horas e me perguntassem "Preferes antes ver o BFF?" eu responderia "Nááá, deixa estar".
- Julgo que a forma que os Aliados encontraram para vencer a 2ª Guerra Mundial foi enviar a temporada inteira para o bunker do Hitler, disfarçado numa caixa da série "Jardinagem para ditadores psicóticos". Imediatamente Hitler resolveu pôr termo à sua existência , proferindo as suas últimas palavras: "Nenhum destino que me possa esperar, será pior do que ver este cruzamento entre um camião de cosméticos e uma lata de tinta para o cabelo, a abrir a boca para falar".
- Se um javali com desarranjo intestinal engolisse uma máquina de filmar inteira, e ficasse registado todo o processo de digestão do animal, o resultado final à beira de um episódio de BFF era material para um prémio cinematográfico.
- É pior do que ter o rabo salpicado com água da retrete.
- O Bruce Banner viu um episódio de BFF, e então transformou-se no Hulk. O Hulk, por sua vez, viu outro episódio e ficou verde.
- O leite viu um episódio e então azedou.
- O zombie viu um episódio e morreu outra vez.
- O Castelo Branco viu um episódio e resolveu gravar um disco.
- O Alberto João Jardim viu um episódio e disse "F*#@-$e!".
- A televisão viu um episódio e repensou a carreira.
- O sexo viu um episódio e abraçou o celibato.
- O Chuck Norris viu um episódio e ficou ligeiramente perturbado.
- O dicionário viu um episódio e eliminou a palavra "decência".
- O Miguel Sousa Tavares viu um episódio e ficou assim.

Podia continuar, mas já fui longe demais.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Como dar uma bomba a um terrorista

Ontem à noite vi o filme Ninja Assassin.
Mal vi o genérico de abertura e os meus olhos já tinham aumentado para o dobro e lacrimejavam abundantemente, enquanto me encolhia de excitação no sofá, de forma a que os joelhos me tocavam o queixo.

É o típico filme de pancada com místicas inventadas, clãs de ninjas, espadas e lutas em slow-motion, imenso sangue e completo desrespeito pela lei da gravidade e mais umas quantas da física e até da realidade. Adorei cada segundo.

Nas primeiras cenas consegui conter-me, e apenas gritei uns sonoros "UAU's!".
Com o desenrolar do filme, e já mais descontrolado, alternava entre uns espécies de ataques musculares violentos no sofá, ou andar pelo chão de casa a rebolar e aos saltos com uma vassoura.

Como devem imaginar o meu nível de entusiasmo era evidente.
Felizmente o meu colega partilhava desse meu entusiasmo frenético, então a modos que passamos o filme todo a falar do personagem principal (o Raízo), como se ele fosse a encarnação do Martin Luther King dos pontapés no cu.

Frases e diálogos deste género foi coisa que não faltou:
"- UAU, viste aquilo? O gajo arrancou-lhe os intestinos e depois decorou a árvore de Natal com eles! E nem sequer é Natal! UAU!"
"- Ei, este que apareceu agora é lixado! O Raízo vai-se ver à rasca!"
"- Ui, que técnica. Cuidado Raízo, esse é melhor que os outros!"

Já falávamos como se fossemos todos amigos de longa data, e secretamente desejava-mos ambos também ter sido abandonados à nascença e treinados por um clã ninja para matar tudo o que se mexesse e para ficar invisível nas sombras.
Outras vezes, limitava-mo-nos a olhar um para o outro com um sorriso parvo e olhos de carneiro-mal-morto (os meus ainda vermelhos do choro inicial), e faziamos um ligeiro aceno de cabeça em sinal de aprovação, sempre que era levada a cabo uma execução particularmente violenta ou espectacular.
E outras vezes ainda, testamos a sala onde estávamos, procurando cantos mais escuros onde nos aninhávamos e depois perguntávamos "então, consegues-me ver?!".

Foi, em suma, um filme excelente para qualquer fã da guerra oculta.

Quando terminou, e eu recomecei a ganhar a sensibilidade nos membros devido a todo aquele esforço físico requerido para o decorrer do filme, o meu colega perguntou:

- Então André, gostaste?
- O meu nome é Raízo, mestre das sombras.
- Nem penses, o Raízo sou eu!
- Não és digno! Aposto que nem sabes quantos outros ninjas é que ele matou no filme!
- 673, ha!
- Raios!

E foi então que começou uma discussão acesa para decidir quem efectivamente é que era Raízo, o mestre das sombras.
Como não chegamos a nenhum entendimento, e imbuídos do espírito do filme, resolvemos fazer um duelo ninja para verificar quem é que era digno de envergar tal nome.
Uma vez que não tínhamos katanas e shuriken a pontapé, tivemos que nos contentar com o que havia: duas colheres-de-pau e palitos.

Lá nos engalfinhamos um no outro, tentando desajeitadamente espancar a testa do adversário com a colher de pau, e a atirar palitos um ao outro.
Volta e meia, quando achávamos que estávamos numa sombra, ficavamos inertes, de pé, achando imbecilmente que estávamos ocultos e invisíveis, o que valia mais um colherada bem assente.

Obviamente acabámos os dois no hospital, a dar a sensação que tínhamos sido alvo de um ataque de um clã de croquetes-ninja, tal era a quantidade de palitos que tínhamos espetados no corpo todo. Palitos esses que ainda estou para compreender como chegaram a locais tão recônditos.
Mas nem a caminho desistimos de ser ninjas, e tentava-mos constantemente evitar as luzes dos candeeiros do passeio. Tarefa que se tornou bastante árdua pois íamos de carro.

Foi um final perfeito para o filme perfeito: acabar numa maca, com uma enfermeira nada atraente e carrancuda a tirar-nos palitos das nádegas, enquanto ainda murmurávamos um para o outro, entre-dentes, "Eu é que sou o Raízo, AU!".

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pensamentos soltos

Não há absolutamente nada de bom para se ver no computador quando se está nu e alguém entra no quarto. São logo tiradas as conclusões erradas. Ora vejamos:
- Pornografia = tão tarado que até tem que se despir;
- Desenhos animados = um porco com a mesma maturidade sexual de um queque;
- Ninjas = André;
- Odete Santos = sem comentários;
- Culinária = uma espécie de pervertido que ainda nem tem nome, mas definitivamente nunca mais vou comer em tua casa;
- Sintomas de herpes genital = parece-me bastante óbvio.

E eu que só estava à espera que a água da banheira aquecesse.


Se fosse contemplado com a catrefada de dinheiro do Euromilhões, fazia duas coisas:
- Comprava um carro de luxo e conduzia-o sempre acima dos 260 quilómetros horários. No caso de perseguição policial limitar-me-ia a mandar notas pela janela, com o carro em andamento, para pagar a multa.
- Durante um mês tornava-me ermita na Amazónia. No decorrer desse período usaria apenas uma tira de couro à cinta para poder segurar o telemóvel.


Comprei uma solução de salina para lavar as lentes de contacto que traz inscrições em braile na caixa. Sem dúvida tão propositado como ter toalhas de banho impermeáveis.


Existem bombas de gasolina com um autocolante, que através de imagens, tem as seguintes instruções:
- Abra o depósito;
- Abasteça o veículo (indicando o local onde enfiar a agulha);
- Dirija-se a um balcão para pagar.
Isto faz-me pensar se o número de pessoas que apenas param o carro e gritam para a bomba "ENCHE! ESTOU COM PRESSA!" e o número de pessoas que regam o carro com gasolina, será suficiente para justificar tratarem-nos como atrasados mentais graves.


Já peguei fogo a uma frigideira ao tentar fritar uma salsicha, e já transformei azeite em alcatrão. E por momentos pensei que tinha o Nobel da Química assegurado.


Faço parte daquele grupo de pessoas que quando vê televisão acena e faz expressões faciais de compreensão para as personagens da série, sem nunca dar conta disso. E também faço parte daquele grupo de pessoas que tem uma namorada que achou conveniente salientar isso e de me dar medo de ver TV à beira de outras pessoas.


Já mais alguém reparou que o Ruca anda a fazer quimioterapia?


Quando um homem é apanhado a ver pornografia fica tão atrapalhado que a sua reacção varia desde desligar o monitor e disfarçar que já estava mesmo de saída, a tentar desligar o fio do modem e deixar, toda a gente que entrou, ver com nitidez:
- Tudo o que estava no monitor a passar;
- Um triste homem com pouca rapidez de raciocínio e muito fraco conhecimento de informática.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Falsas e dissimuladas, as gajas

Estrelas femininas da pop. Algumas cantam muito bem, outras tão bem como um pato asmático, mas todas vendem a imagem (mamas e tal). E já repararam que, todas também, pura e simplesmente ADORAM escrever músicas sobre desgostos amorosos?

Mas que espécie de palhaçada é esta? Elas baseiam-se em quê para vir falar disto?
Quantos desgostos amorosos é que elas tiveram tempo de ter, tendo em conta que iniciaram a carreira aos 12 anos e por essa altura já tinham implantes e rios de massa? Que escaramuça psicológica isto me desencadeia.
A única que ainda compreendo é a Pink porque essa parece uma porca. Agora de resto poupem-me. O que é que lhes aconteceu afinal? O Coisinho não a convidou para a festa de anos dele? Se foi isso, é porque aos 7 anos os rapazes ainda julgam que a pilinha apenas serve para urinar, e que apenas são privilegiados por ter mangueira.

Mas eu sei muito bem porque o fazem, e como o fazem.
Fazem-no porque sabem que as mulheres adoram ouvir aquilo. Até deliram. Cantam-nas e dançam-nas, e algumas saem-se a dizer aos namorados "Olha que arranjo já outro como tu ali ao virar da esquina" e esquecem-se que têm o mesmo sex-appeal do que um cruzamento entre uma zebra e o Joe Berardo. E depois lixam-se, e é bem feito!
Afinal a Beyoncé sabe lá o que se passa na vida privada de cada um? Se calhar um gajo não tem sequer dinheiro para meter um ring on it, já pensaste nisso ó feminista sem causa?

E aposto que, tendo em conta que não pescam nada de relacionamentos falhados, traições e etc, contratam namoradas carpideiras para desabafar enquanto escrevem as letras:

- Não, a sério? Ele fez isso?! Na tua cama?! Que monstro! Vá, desabafa tudo enquanto me enches os bolsos com notas grossas.

E depois disto lá vem mais um single campeão de vendas, com nomes como "Porco insensível" ou "Ela claramente tem as mamas mais pequenas do que as minhas, portanto és uma besta por me teres deixado". Pelo menos é só isto que eu ouço.

E grande batalha para a nobre causa da mulher que elas andam a travar, aparecendo semi ou totalmente nuas nos video-clips, enquanto dançam de forma provocadora. Estão a tentar impressionar quem, as mulheres? Não, estão a dizer aos homens, que vêm estes video-clips com o mute activado, que são boas e que têm o coração partido.
E nós, bestinhas acéfalas que só pensam em sexo, acreditamos mesmo que "ei, eu podia tratar dela".
Sim. Porque a toda a hora estas multimilionárias pensam "quem me dera que um adolescente borbulhoso e a feder a hormonas ou um homem careca e pouco atraente a ganhar o salário mínimo me viesse resgatar da minha tristeza", enquanto se banham no seu jacuzzi personalizado que custou o PIB anual da Suíça.

E pior! As mulheres ouvem isto, passa-lhes completamente ao lado a nudez, e só pensam "É pá, a vida delas é muito mais parecida com a minha do que eu imaginava, somos iguaizinhas."
E nunca se perguntaram porque é que elas cantam isto com menos roupa do que uma actriz pornográfica.
Sei o que as mulheres estão a pensar: "Uau, é como se nos conseguisses ler a mente!". É um dom que prometi a mim mesmo usar apenas para o mal.

Acho que já desbobinei o que queria. É que já é fatigante. Já sei que sempre que uma dessas artistas abre a boca é para lembrar ao namorado que já perdeu a oportunidade com ela e que deve arrumar as suas coisas na caixa da esquerda.

Havíamos (os homens) de criar uma banda para cantar os temas opostos disto. Podíamo-nos chamar "Vaginas Assassinadas". Até já me sinto mais podre de rico.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Se não os vences... Aguenta a bronca

A minha namorada e o meu irmão não conseguem estar no mesmo quarto sem se começarem a agredir verbalmente (podem confirmar aqui). O rol de achincalhamentos mútuos é constante, e apenas suplantado por uma ainda maior vontade de gozar comigo no que toca à marmelada. Passo a explicar.

Eu gosto muito de marmelada. E aqui não me refiro à analogia para o acto sexual, do qual também sou grande amigo. Não. Refiro-me ao doce.
Com efeito, gosto muito de marmelada. Mas, de todas as que já provei, só gosto de uma marca específica: a arrogantemente auto-intitulada "Marmelada Rainha" da Costa Moreira.

Como obviamente não podia deixar de ser, quando eles descobriram, começaram a espicaçar-me e a agredir-me com chavões sobre o facto de eu ser "piquinhas" e "esquesitinho" por só gostar daquela marca.

A coisa escalou de tal maneira que agora, a simples referência a marmelada, é motivo de galhofa por um mês entre os dois, enquanto eu assisto à destruição da minha auto-estima sem poder reagir.
Com efeito, basta surgir a palavra "marmelada" numa conversa que imediatamente o meu irmão faz um teatrinho com um discurso inflamado do que supostamente sou eu a comer marmelada, enquanto a minha namorada tenta em vão conter as lágrimas e lhe relembra todos os pormenores que lhe parecem relevantes. Pormenores esses que imediatamente ele integra na sua pantomina. Estúpido.

E da última vez, que teatro esse. Estamos a jantar os três e mais dois amigos e alguém profere a única palavra no léxico português que efectivamente me mete medo. Dois segundos depois o meu irmão já está de cócoras em cima da cadeira, excessivamente curvado e agarrado a uma tigela e a uma colher imaginárias imitando o Gollum do Senhor dos Anéis, se ele comesse marmelada em vez de andar atrás do anel.

E não se ficam por aí. Enquanto a minha namorada se agarra à barriga e tenta evitar espirrar frango pelo nariz, ele ainda expõe a teoria que se existisse uma marmelada manufacturada por Deus, e enquanto toda a gente tinha desmaios de prazer por a provar, eu ia continuar agarrado somiticamente àquela tigela de "Marmelada Rainha", que nem um adolescente agarrado ao Facebook. Isto enquanto come mais umas poucas de colheradas imaginárias.

Bem, agora que as coisas andam mais calmas, esperem até saberem que comprei marmelada marca "Dia" e até a achei muito boa.

Bons dias me esperam...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Conto de fa(o)das

Acho grotescamente cretinos os ideais românticos que os desenhos da Disney nos tentam impingir. São uma montanha de tretas morais ridículas que se proferem e que em nada se coaduna com a vida real de qualquer ser-humano.

Para começar, em qualquer conto existe sempre um Príncipe. Não me venham com histórias, ele é um pervertido. Este príncipe anda de conto em conto a tentar ter relações sexuais com o maior número de princesas possível. E é um tarado da pior espécie, porque se presta a todo o tipo de façanhas só para poder dar uso ao seu pénis de desenho-animado. Este tipo específico de taradice tem um nome, que é "homem".

Já as princesas, purinhas, virgens, alvas e sem mácula, estão sempre numa encrenca qualquer, coitadinhas. Quem é a besta que aceita comer maçãs oferecidas por uma velha que tem uma verruga com um nariz por baixo? Estão mal porque se puseram nessa situação!

Claro, os miúdos vêem aquela bonecada e pensam "Uau, ele tem uma espada e mata dragões" e as miúdas pensam "Uau, ele é um valentão que está disposto a todo o tipo de atribulações só para poder jurar amor eterno à sua amada que ou acabou de conhecer ou nunca viu antes. Um dia eu vou arranjar assim um príncipe para mim e vamos ser tão tão tão felizes juntos!".

Lamento estragar aqui o mito, mas o príncipe só quer é sexo.
Reparem na Bela Adormecida. Está lá na torre, guardada pela bruxa ou o lá o que for. Ele nunca a tinha visto antes, com certeza não foi lá só porque sim ou só porque a queria salvar. Não. Nenhum homem vai sequer a um encontro arranjado por um amigo sem antes perguntar "Ela é boa? Mas tens a certeza?".
E então aqui havia de ser diferente? Ele lá se ia atirar assim cegamente para os braços daquilo que poderia muito bem ser um cavalo com uma peruca loira? Claro que não!
Lá o intermediário dos contos de fadas, chegou à beira do Príncipe e desenrolou-se algo deste género:

- Então Sr. Príncipe, está melhor do herpes?
- Muito. Que tens hoje para mim?
- Acabei de saber que uma beleza exótica está cativa numa torre não muito longe daqui. Está sobre um feitiço que a pôs a dormir, portanto nem tens que preocupar com o cortejo, é so mesmo chegar e afinfar.
- Mas ela é boa?
- Claro, só arranjo informações de qualidade!
- Tens a certeza? A Branca de Neve também era uma beldade e era muito liberal... E afinal tinha bigode e pêlos no sovaco.
- Isso foi uma vez!
- A Cinderela, disseste tu "Boa todos os dias, e gosta de fazer tudo no leito". Afinal vai-se a ver e estava cheia de manchas de lixívia nos braços e nas pernas de estar sempre a esfregar o chão.
- Bom bom, pague só metade então, no caso de afinal ela ser um abrolho.

E o príncipe lá vai, mata a bruxa e encontra a princesa a dormir. Não é amor que o move, é a libido. E é essa mesma libido hiperactiva que o leva a beijar a princesa boazona que se encontra convenientemente inerte. Esta acorda e o príncipe imediatamente pensa "foda-se!".

Grandessíssimos paspalhões. Estragam a vida aos homens pelas ideias que metem nas cabeças das mulheres. De que um homem a sério usa capa, espada e mata todo o tipo de aberrações só para professar amor eterno.
Claro que sim. Ele quer professar amor eterno até ao momento em que as cuecas da Bela já estão no chão. A partir daí ele só quer montar no seu unicórnio de novo e arranjar outra princesa para amar com força.

Estes contos de fodas, perdão, fadas, só serviam para criar aquela ilusão do bonito que é o amor. Melhor faziam se nos mostrassem a realidade. Que a Rapunzel tinha problemas de higiene porque não conseguia encontrar bacia suficientemente ampla lavar para tanto cabelo e que o Príncipe só queria aquilo que qualquer homem pensa a cada 8 segundos.
O tipo chegou ao ponto de se disfarçar de batráquio e dizer à Princesa "Dá-me cá um beijinho que eu sou um Príncipe amaldiçoado". Não via esquema mais idiota desde o abrir um buraco no fundo do balde das pipocas, enfiar lá o pénis e depois oferecer à miúda do lado.

Em vez disso andam a formar rapazes que adiam a intimidade até "encontrarem a sua princesa" e raparigas que se queixam "Quando foi a última vez que mataste um ciclope por mim?!".

É por estas e por outras que eu só via o "Rambo III".

domingo, 4 de outubro de 2009

Nojo

Não existe palavra que melhor descreva o meu sentimento perante aquele negócio que se anda a desenrolar, a altas horas da noite, na Sic Mulher.

Assim começa mais uma rubrica ninja, que tentarei repetir no futuro, pois material não me falta. Refiro-me à rubrica "Programas tipo bróculos". Tentarei, com um rigor assertivo, expor aquilo que no meu prisma de visão, me parece um crime estar sequer a passar na televisão com a designação de "programa". Bróculos, porque ninguém no seu perfeito juízo gosta desse vegetal que os demónios usam como desodorizante.

O programa de hoje, é o "Talk Sex With Sue".

A Sue é esta senhora:


Durante um zapping, capturei durante uns milésimos de segundo uma imagem semelhante a esta, e o meu corpo deixou imediatamente de responder. Fiquei numa espécie de transe, em que estava completamente consciente, mas não conseguia controlar nenhum músculo. Nem as pálpebras. O meu corpo ficou completamente rígido e imóvel. Vulgo "estado-de-choque".

Esta senhora é a anfitriã de um programa que fala abertamente sobre sexo. Fosse ela 200 anos mais nova, e não tinha nada contra, até aplaudia. Mas ela não tem menos 200 anos, ela tem sim mais 400 em cima dos seus já 1700. Foi ela quem orientou os Reis-Magos em direcção a Belém, e lhes explicou onde ficava o clítoris.
Esta senhora, supostamente, é um supra-sumo da anatomia sexual de ambos os géneros, e ainda domina amplamente a psicologia da mesma área. Supostamente. Porque ela não faz a mínima ideia do que está para ali a dizer. Só que a Sue, fala com uma altivez e segurança que parece mesmo que sabe do que está a falar.

As pessoas ligam porque tem graves problemas disto ou daquilo, ou só querem tirar dúvidas. Ao longo do programa, comecei a reparar numa certa consistência de "falta total de lucidez" no que diz respeito à relação que os homens tem com vibradores.
Uma mulher liga para lá, porque tem um "Mr. Pleasure 25 inches" em casa e o marido não acha piada. Os conselhos dela são do mais estapafúrdio que alguma vez no planeta Terra alguém se poderia lembrar. Senão note-se o conselho que ela deu à tal mulher que ligou a pedir ajuda neste assunto:

"Tem que introduzir (?!) o vibrador na sua relação sexual, mesmo que ele não queira! Ligue-o e passe-o pelo corpo dele! Os homens ADORAM. Sim, claro que tenho a certeza! Passe-lhe pelo pénis, pelo recto, testículos, no espaço entre os dois anteriores, nos sovacos, nos mamilos... Em todo o lado! Vai ver que ele vai ficar tão excitado que só vai querer rasgar-lhe a roupa toda."

Então não é? Quem me dera a mim ter uma relação semi-homossexual, completamente perturbadora, com uma pila de plástico cheia de veias salientes. Nada me faria mais feliz. Só mesmo se o pudesse levar a jantar, aí então era o êxtase.
Mas a mulher sabe o que está a dizer?! É óbvio que não. E depois, insiste em pronunciar exagerada e repetidamente as palavras penis e rectum.

E quem liga, tem cá uns daqueles complexos...
Como aquele que ligou a perguntar se era errado masturbar-se a ver um filme pornográfico que ele comprou, porque a mulher só faz sexo com ele uma vez por mês. Vou arriscar um "não, e arranja uma mulher e não um frigorífico".

E claro, a outra senhora que perguntou se por ter sexo anal era possível engravidar.
Quando eu já estava a achincalhar mentalmente a mulher, não é que a resposta dela é "pode acontecer porque quando vocês o fazem, tu estás à doggy-style e se ele ejac"...
Não tenho coragem de continuar porque isto é demasiado nojento até para os meus padrões. Digamos apenas que no entender dela podia existir gravidez ela se mantivesse naquela posição e ele ejac... Não tenho mesmo coragem.
E uma mulher com 2100 anos NÃO DEVE em nenhuma circunstância conhecer o termo doggy-style. É que isso nem sequer existia antes de expirar o prazo de validade dela, o que deve ter acontecido à cerca de 2050 anos.

Não esquecendo também a senhora que liga porque o namorado gosta que ela lhe faça sexo oral, mas ele apresenta um odor desagradável no pénis.
Sue, se não te importas vou tomar iniciativa de responder a esta:

DIZ AO TEU NAMORADO PARA SE LAVAR, OU ARRANJA UM QUE NÃO GOSTE DE VIVER COM O MESMO NÍVEL DE HIGIENE DO QUE UM CAMIÃO DO LIXO!

Termino como comecei: nojo.